O publicitário argentino que mudou de vida para ajudar os animais (com FOTOS)



Há três anos, o publicitário argentino Federico Sordo encontrou um cão abandonado a caminho de casa, em Buenos Aires, e esta situação – aparentemente – banal fê-lo repensar o seu estilo de vida. Então, saiu da sua zona de conforto: adoptou o cão, converteu-se ao veganismo, deixou a agência e dedicou-se a 100% à consciencialização de outras pessoas para o activismo animal e para a ideia de mudança.

Durante um ano e meio, Fede Sordo passeou cães, trabalhou por conta própria a passou dificuldades. “Eu devia alguns meses de renda do meu apartamento. Entrei em contacto com o meu senhorio, expliquei-lhe que em breve iria receber o pagamento de alguns trabalhos que fiz e que lhe devolveria o dinheiro. Ele disse-me para ficar tranquilo e que sabia que eu o ajudaria caso lhe acontecesse o mesmo”, recordou.

Hoje, o publicitário de 31 anos é o criador de um grupo com mais de 52.000 pessoas no Facebook, o “Cascote, Um Perro Macanudo”, e prepara-se para percorrer a Argentina de Norte a Sul, de bicicleta, acompanhado do seu cão, Barón. Sordo quer passar a mensagem de que não existem animais mais importantes que os outros e dar notoriedade ao seu projecto.

“Vamos ajudar a melhorar a comunicação dos protectores independentes e dos diferentes grupos que estão a ajudar os animais e, paralelamente, vamos dar palestras a crianças na faixa etária acima dos 13 anos, para que elas vejam como é a ideia, como podem levá-la adiante, que recursos têm ao seu alcance”, explicou Fede ao Diario Popular.

Com uma simples bicicleta e um carrinho onde levará seu cão, Barón, o activista irá percorrer os milhares de quilómetros que separam La Quiaca de Ushuaia na Rota 40, para depois voltar a Buenos Aires utilizando os mesmos meios de transporte.

A travessia levará cerca de 12 a 18 meses para ser concluída. “O que mais me deixa angustiado é estar sem os meus gatos, mas eles ficarão sob os cuidados da minha irmã. Sendo assim ficarei mais tranquilo, pois sei que estarão em boas mãos”, acrescentou.

Dinheiro precisa-se

Para juntar dinheiro, Fede procurou patrocínios junto a várias empresas um carro especial para o seu cão o acompanhar – o valor ronda os €500 – mas como ainda nenhuma empresa se manifestou, um familiar ofereceu a sua colaboração.

Apesar dos esforços de familiares e amigos, ainda falta arrecadar mais dinheiro. Por isso Fede, criou um site onde as pessoas podem ajudá-lo a arrecadar os €5.000 necessários para realizar todo o itinerário.

“As pessoas podem escolher três tipos de recompensas que existem na página. Uma delas é uma bandeira, outra é um caderno de viagens e postais. Quem quiser pode também aderir a um débito automático para o valor que a pessoa escolher, e através disso continuar a financiar a viagem”, explicou ele.

Enquanto estiver em viagem, a página no Facebook ficará a cargo dos outros quatro integrantes da equipa, que irão comunicar as novidades sobre os animais resgatados, além de continuar a desenvolver novos projectos.

“A ideia é que o grupo estimule a criação de outros projectos. Não quero apenas divulgar os animais perdidos ou resgatados, mas também dar as ferramentas necessárias para que as pessoas de outros lugares possam ir activando as suas ideias. Esta viagem é um projeto que não é para mim, mas que é para todos. Acredito que as ideias estão no ar e que somos antenas que as vamos baixando. Se nos reunirmos com diferentes as pessoas que as vão realizando, essas ideias podem sempre ser levadas a cabo”, concluiu o activista.

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