O que fez o Rock In Rio na Tapada de Mafra e Colégio Valsassina?



Ontem de madrugada, quando Mick Jagger e companhia deixavam o Palco Mundo, o Rock In Rio estava prestes a terminar 40% da sua edição de 2014. Isto em termos práticos, claro, porque muito do trabalho que o evento e os seus colaboradores desenvolvem, todos os anos, passa despercebido ao público.

Durante cinco dias, as televisões, rádios e jornais não param de falar do ambiente do evento, das bandas que lá tocaram ou de qual a melhor activação de patrocínio. Mas nas entrelinhas deste trabalho há uma estratégia de sustentabilidade bem oleada, cujos frutos já estão no terreno.

O Economia Verde foi visitar dois deles – uma fotovoltaica no Colégio Valsassina e a Tapada de Mafra – e perceber para onde estava a ser canalizado o investimento tantas vezes anunciado.

Na primeira edição do Rock In Rio, a Tapada Militar de Mafra era terra queimada. Hoje, ela á uma floresta mantida pelos militares. “Este pinhal foi plantado em 2006, com a colaboração do Rock In Rio, através do sequestro de 3.800 toneladas de carbono”, explicou ao Economia Verde o sargento-ajudante Arlindo Rodrigues, da secção agro-florestal da Escola das Armas.

Às primeiras plantações, num total de 15 hectares, seguiram-se outros três hectares, também na Tapada de Mafra. Assim, dos 365 hectares, cerca de 18 estão por conta do Rock In Rio. “Foi o primeiro projecto de reflorestação do Rock In Rio em Portugal. Ele está integrado num projecto que, no final de 2016, terá 118 mil árvores plantadas”, explicou Dora Palma, coordenadora de sustentabilidade do Rock In Rio.

Outras das contrapartidas de sustentabilidade do Rock In Rio traduz-se na instalação de painéis solares em escolas – são já 760 painéis. Como no Colégio Valsassina, em Lisboa.

“Sendo a face mais invisível do projecto, é importante comunicarmos à comunidade – e sobretudo aos nossos alunos, que trabalharam para eles – que os painéis estão a produzir”, explicou João Gomes, professor do colégio. Em 2013, os painéis do Colégio Valsassina produziram o equivalente a €4.500 – um valor muito relevante.

Recorde-se que, pela 3ª edição consecutiva, o Rock In Rio será neutro em carbono, contando com a certificação 3R6 e o Carbono Zero Premium, ambos da Ponto Verde Serviços. Releia outra das nossas notícias sobre o Rock In Rio: os bastidores da sustentabilidade, parte da estratégia de inclusão social e o patrocínio da Amb3E que quer mudar mentalidades.

E veja o episódio 259 do Economia Verde.

Foto: Tapada de Mafra  Tiago C Lima / Creative Commons





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