O tamanho é importante: Estudo revela como é que os dinossauros gigantescos se tornaram tão grandes

Quando os nossos antepassados não passavam de pequenos ratos que rastejavam pelo chão das florestas pré-históricas, os dinossauros gigantes pastavam no topo das árvores – mas como e quando é que ficaram tão grandes?
Os paleontólogos da Universidade de Adelphi, nos EUA, descobriram que os saurópodes (o grupo de dinossauros que se tornaram os maiores animais que alguma vez andaram em terra) cresceram até aos seus tamanhos excecionais para poderem preencher os nichos disponíveis – e fizeram-no evoluindo muito mais vezes do que se pensava anteriormente.
Em vez de alterarem os seus tamanhos apenas uma ou duas vezes ao longo da história evolutiva, Michael D’Emic, professor associado de biologia na Adelphi, descobriu que as espécies individuais de saurópodes evoluíram, de facto, 36 vezes ao longo de 100 milhões de anos.
“Não existe um fator-chave, um evento ou uma inovação evolutiva que tenha levado os saurópodes a tornarem-se os maiores animais que alguma vez caminharam sobre a Terra”, disse D’Emic à BBC Science Focus. “Em vez disso, parece que foi ‘lugar certo, hora certa, circunstâncias certas'”.
Cada um dos saurópodes era ecologicamente distinto um do outro, com dentes, cabeças e corpos diferentes. Isto mostra que todos eles foram capazes de encontrar uma forma onde pudessem viver sem competir uns com os outros.
O estudo, publicado na revista Current Biology, contradiz a teoria de que o tamanho dos animais evolui ao longo do tempo – em vez disso, mostra que os saurópodes já eram gigantes no início da sua jornada evolutiva.
D’Emic calculou este facto estimando a massa corporal de cerca de 200 espécies de saurópodes com base nas dimensões dos seus membros, antes de mapear estas massas na árvore evolutiva do grupo.