ONG defende promoção de iniciativas geradoras de receitas nas comunidades moçambicanas



A Light For The World, Organização Não-Governamental (ONG), defendeu a promoção de iniciativas geradoras de receitas nas comunidades moçambicanas, para fazer face às consequências dos desastres naturais em Moçambique, apontando um estudo realizado no país.

“O resultado da pesquisa que nós fizemos mostrou claramente que é muito importante nós capacitarmos as comunidades a desenvolver iniciativas de geração de renda porque é através disso que as comunidades poderão ter recursos financeiros para se reerguer depois de um desastre natural”, disse Zacarias Zicai, diretor geral da Light For The World, em Moçambique, à margem de um evento de divulgação de um estudo sobre resiliência financeira, em Sofala.

A pesquisa foi realizada através da implementação, por três anos, de um projeto-piloto de resiliência financeira em distritos da província de Sofala e Inhambane, financiado em dois milhões de euros pela Cooperação Austríaca para o Desenvolvimento e executado pela Light For The World e pela Cruz Vermelha de Moçambique.

Segundo Zacarias Zicai, o projeto, iniciado em 2021, consistiu no apoio à capacidade financeira das comunidades, através de grupos de poupança, negócios e formação de comités comunitários, projeto que abrangeu pelo menos cinco mil pessoas, com enfoque nas pessoas com deficiência.

Para a organização, a resiliência financeira vai permitir que as comunidades possam reconstruir as suas casas e obter outros bens perdidos na sequência das intempéries, considerando as pessoas com deficiência as mais vulneráveis.

“Convidamos os outros atores humanitários, e não só, a ver estas soluções que implementamos para que possam experimentar nos seus programas, visando ter mais comunidades com capacidade de resiliência face a desastres naturais”, concluiu Zacarias Zicai.

Moçambique é considerado um dos países do mundo mais severamente afetados pelas alterações climáticas, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.





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