ONU prevê futuro negro para animais aquáticos devido às alterações climáticas



No último de uma série de relatórios sobre as alterações climáticas, a Organização das Nações Unidas (ONU) aponta um futuro negro para as espécies de animais aquáticos inerente das alterações do clima.

Entre outras previsões, a ONU indica com “elevada segurança” de que muitas espécies de animais aquáticos estão já a experienciar alterações significantes, incluindo a alteração do modo de vida, os padrões migratórios e como passam as estações.

“Uma grande fracção de espécies enfrenta um risco de extinção elevado devido às alterações do clima durante e posteriores ao século XXI, especialmente à medida que as alterações do clima interagem com outros factores. A maior parte das espécies de plantas não consegue alterar rapidamente o suficiente a sua dispersão geográfica para fazer frente às taxas actuais e previstas das alterações; a maior parte dos mamíferos e moluscos de água doce não vão conseguir acompanhar as taxas de alterações previstas”, lê-se no relatório divulgado pela organização internacional, cita o Dodo.

“Os organismos marinhos vão enfrentar progressivamente uma diminuição nos níveis de oxigénio da água e taxas e magnitudes mais elevadas de acidificação do oceano, com riscos associados exacerbados pelo aumento das temperaturas da água oceânica. Os recifes de coral e ecossistemas polares são altamente vulneráveis. Os sistemas costeiros e de baixa altitude estão em risco devido ao aumento no nível a água do mar, que vai continuar a aumentar durante séculos mesmo que a média da temperatura global seja estabilizada”, indicam os peritos na ONU ainda no documento.

Se a média das temperaturas globais aumentar até 3,8 graus Celsius acima da média das temperaturas do período pré-Revolução Industrial até ao final do século – um cenário bastante plausível, segundo a ONU – a extinção e espécies “será substancial”.

“A Ciência falou. Não há ambiguidade na sua mensagem”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na apresentação do relatório. “Os líderes devem agir e o tempo não está a nosso favor”, frisou.

Foto: Mal B / Creative Commons





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