Os nossos antepassados podem ter mantido raposas como animais de estimação



Por volta do ano 450, 18 adultos e seis parentes mais novos foram enterrados no noroeste da Patagónia, Argentina. Partilhavam a sepultura com os seus companheiros canídeos, incluindo o extinto Dusicyon avus, um tipo de raposa. Os autores de um novo estudo descrevem a antiga sepultura, que foi encontrada numa mina de argila, e referem que a introdução dos cães modernos desempenhou provavelmente um papel na perda das raposas como animais de companhia.

Explorando a relação entre a extinta raposa Dusicyon avus e os caçadores-coletores da Patagónia, na Argentina, o estudo investiga antigos locais de enterramento para descobrir ligações intrigantes.

Através de uma análise meticulosa de restos de esqueletos e dados genéticos, os investigadores lançam luz sobre os hábitos alimentares, a potencial hibridação com cães domésticos e o significado sociocultural destas interações.

A análise do ADN mostra que o animal jantava com os caçadores-recolectores pré-históricos e fazia parte do círculo íntimo do acampamento.

As suas descobertas desafiam as hipóteses anteriores e sublinham a intrincada interação entre as sociedades humanas e o seu ambiente nos tempos pré-históricos.

A investigação foi realizada por Ophélie Lebrasseur, da Universidade de Oxford, em colaboração com Cinthia Abbona do Instituto de Evolução em Mendoza, Argentina, e publicada na revista RoyalSociety Open Science.

 





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