Ossos podem ser tratados com enxertos feitos de células da pele
Os ossos doentes ou partidos poderão vir a ser tratados utilizando enxertos feitos a partir de células da pele do paciente. Investigadores nos Estados Unidos conseguiram reprogramar as células da pele para se tornarem em células estaminais induzidas a formar percursores de osso em fase inicial.
“Na sequência destes resultados, seremos capazes de criar enxertos ósseos adaptados para pacientes sem quaisquer problemas de rejeição imunitária”, disse Susan Solomon, directora executiva da New York Stem Cell Foundation, de onde surgiu o trabalho. “Esta é a melhor abordagem para reparar danos devastadores ou defeitos.”
Os cientistas criaram células estaminais pluripotentes induzidas (IPS) a partir de células de pele humana. As células foram modificadas para as fazer regressar a um estado semelhante ao embrionário.
As células IPS têm a capacidade de se diversificarem em qualquer tipo de célula do corpo. Estudos anteriores tinham mostrado que o osso pode ser feito a partir de outras fontes celulares. Mas os enxertos feitos a partir de medula óssea, por exemplo, não possuem uma rede de vasos sanguíneos subjacente e compartimentos nervosos, problema que estas células IPS vêm colmatar.
Mais investigação tem de ser feita antes de se implantarem estes enxertos ósseos nos pacientes, mas o futuro parece promissor. A técnica pode evitar os recorrentes problemas de rejeição de tecido transplantado.
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