PAN condena morte de dois lobos ibéricos e questiona atuação do Ministério do Ambiente



O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) deu hoje entrada no Parlamento de uma iniciativa em que questiona o Ministério do Ambiente e Alterações Climáticas (MAAC) sobre a morte de mais dois exemplares de lobo ibérico, nos concelhos de Montalegre e de Arcos de Valdevez. O PAN lamenta que “a morte dos exemplares desta espécie protegida, relativamente à qual tem apresentado diversas iniciativas que visam contribuir para uma proteção mais efetiva proteção da mesma”, diz em comunicado.

“Ao que é conhecido publicamente, as circunstâncias em que ocorreram as mortes destes dois animais ainda não se encontram apuradas. Infelizmente, não são caso único e há mais uma vez a lamentar a perda de dois exemplares de uma espécie endémica da Península Ibérica e cujo estado de conservação se encontra em perigo”, critica a porta-voz e deputada do PAN.

 

Na sua interpelação, o PAN questiona o Ministério do Ambiente sobre as diligências efetuadas na sequência da morte de mais dois animais, bem como sobre as medidas que estão a ser adotadas pela tutela para travar mais perdas de exemplares. O PAN pretende ainda que o ministério divulgue quais os resultados dos processos abertos em 2021 e 2022 relacionados com o abate de lobo ibérico em Portugal e se houve lugar a participações criminais.

O PAN tem vindo, sucessivamente, a propor diversas iniciativas, nomeadamente em sede do Orçamento do Estado para 2023 e para 2022 com vista, nomeadamente, a que haja lugar à emissão de um novo despacho que permita retomar o pagamento de indemnizações por danos em animais causados pelo lobo-ibérico. O PAN viu inclusivamente ser aprovada por unanimidade no Parlamento de uma iniciativa nesse sentido, que visava igualmente a promoção de ações de sensibilização tendentes à adoção de medidas preventivas que evitem ataques de lobo.

 

“É preciso que o Governo faça o que lhe compete e cumpra com os compromissos que frequentemente invoca em matéria de biodiversidade e travar assim a perda de espécies emblemáticas como é o caso do lobo ibérico”, vinca Inês de Sousa Real.





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