Pandemia pode acelerar destruição da Amazónia



Um dos motivos é a menor pressão internacional pela proteção da floresta, já que as atenções do mundo estão voltadas ao combate ao novo coronavírus. Outro fator é a recessão provocada pela pandemia, que pode acentuar a pressão local contra políticas ambientais rigorosas, sob alegação de que gerariam impacto sobre as atividades económicas.

A consultora também prevê menos recursos do Exército para proteger a floresta, já que os recursos financeiros e humanos que poderiam ser dedicados à Amazónia devem ser usados no combate à Covid-19.

A floresta tropical da Amazónia está a chegar a um ponto sem retorno devido às mudanças climáticas e pode transformar-se numa savana árida dentro de meio século, alertam também investigadores num estudo publicado na revista Nature Communications.

Segundo o mesmo estudo, o recife de coral no Caribe, outro grande ecossistema, pode desaparecer em 15 anos se passar também por um ponto sem retorno. Os especialistas alertam que essas mudanças teriam consequências dramáticas para os seres humanos e para outras espécies que dependem desses habitats.

Nos dois casos, as causas dessas modificações são mudanças climáticas causadas pela humanidade por danos ambientais: desmatamento no caso da Amazónia e poluição e acidificação oceânica na barreira de coral.

O desmatamento na Amazónia cresceu 85,3% no ano passado em comparação com 2018, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – o equivalente a 9.165,6 quilómetros quadrados de floresta. Em 2018, foram registados alertas de desmate numa área de 4.219,3 quilómetros quadrados.





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