Paris: plano que prevê substituição dos quiosques centenários por mini-lojas gera críticas



Anne Hidalgo, a mayor de Paris, não consegue gerar consenso. A mais recente polémica da capital francesa está relacionada com o plano de Hidalgo em substituir os icónicos quiosques verdes da Cidade das Luzes por mini-lojas modernistas e deu origem a uma petição – já assinada por 30.000 pessoas – para salvar os pontos de venda tradicionais.

Grupos ligados à herança parisiense e especialistas em arquitectura “reagiram com fúria”, segundo o Guardian, a uma eventual retirada dos quiosques verdes da cidade – desde os anos 60 do século XIX que eles andam por lá. “Vão tornar Paris tão feia como Londres”, acusam estes grupos.

Hidalgo quer substituir os quiosques por modelos mais confortáveis e práticos, mas muitos dos vendedores de jornais e revistas, cujas vendas estão em queda há vários anos, apoiam-na.

O design original dos quiosques tem como pano de fundo a mudança radical que existiu na cidade há 150 anos, arquitectada pelo Barão Haussmann e tinha como objectivo condizer com os bancos verdes e fontes que faziam parte das avenidas parisienses.

“Paris é uma cidade de romance. Não a consigo imaginar um filme com [os futuros] quiosques”, escreveu Justine L, uma parisiense de 37 que começou a petição online. Outro dos argumentos contra este rejuvenescimento é o seu custo aos cofres da cidade: €50 milhões.

Foto: Burgermac / Creative Commons





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