Parque eólico `offshore´ não causará grandes impactos em Vila Nova de Gaia
O parque eólico `offshore´, que o Governo tenciona instalar ao longo da costa portuguesa, não causará grandes impactos a Vila Nova de Gaia, dado as torres ficarem a 30 quilómetros da costa, adiantou ontem o presidente da câmara.
“Temos uma proposta de localização a cerca de 30 quilómetros da costa e, portanto, o impacto mais importante que é logo o visual não se verifica, mas não quer dizer que não haja algum tipo de impacto, nomeadamente na pesca”, disse Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, no final da reunião pública do executivo municipal.
O autarca socialista explicou que, neste momento, estão a ser ouvidas associações de pesca, apesar de Gaia não ter pesca de arrasto onde mais se verifica os impactos dos parques eólicos `offshore´.
Eduardo Vítor Rodrigues salientou que o objetivo é salvaguardar a situação de Vila Nova de Gaia que, neste projeto, “não é nada critica”.
“Não vou dizer que estou totalmente tranquilo, acompanharemos o processo, mas de facto os impactos no nosso caso não são brutais”, frisou.
O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia acredita que se houver algo a ajustar será ajustado, revelando que está em cima da mesa a possibilidade de alargar a distância entre as torres eólicas, algo que resolvia a questão das acessibilidades no retorno dos barcos da faina.
Para Eduardo Vítor Rodrigues, este projeto tem interesse nacional, que enquanto autarca subscreve, mas não pode prejudicar as pessoas e as comunidades, sobretudo as piscatórias.
Além disso, a instalação deste parque eólico poderá atrair novos investimentos nesta área para a região Norte, algo em que o concelho de Gaia, no distrito do Porto, tem todo o interesse, comentou.
O projeto para a criação de um parque eólico `offshore´ em Portugal delimitou, como possíveis áreas de exploração de energias renováveis, Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.
A 30 de maio, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse que o leilão eólico ‘offshore’ vai ser lançado até ao final deste ano, devendo o vencedor ser conhecido em 2024.
O Governo tem assumido a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico ‘offshore’ de 10 GW em 2030, a atribuir por leilão.