Partilhar boleias é moda crescente em Portugal (com VÍDEO)



Partilhar boleias de norte a sul é uma tendência em expansão em Portugal. Um inquérito recente realizado em oito países europeus revela que 30% dos portugueses partilhou pelo menos uma boleia nos últimos 12 meses. O facto é também constatado pelo aparecimento de cada vez mais plataformas online de busca e partilha de boleias.

“Os condutores tentam poupar dinheiro nas deslocações, ou seja, partilhar os custos com outros passageiros e estes passageiros tentam, naturalmente, fazer a deslocação a um preço mais baixo”, explica ao Economia Verde o director de marketing da Cetelem, Diogo Lopes Pereira. “De facto, em Portugal, quer por via de haver muita apetência por novas tecnologias, quer pelo facto de sermos muito sociáveis, esta utilização é facilitada”, acrescenta.

Adeptas da partilha de boleia são Liane Santos e Ana Oliveira, duas jovens do norte do país que trabalham em Lisboa. Começaram a partilhar o carro nas deslocações entre Lisboa e o norte e vice-versa e só vêm vantagens. “É muito cómodo. É rápido e depois há sempre a parte do convívio. Conhecemos muitas pessoas. Já cheguei, inclusive, a conhecer pessoas com amigos em comum e é muito mais económico, sem dúvida”, conta Ana Oliveira, bióloga.

“Normalmente ia de autocarro e demorava cerca de três a quatro horas, enquanto que de carro demoro cerca de 2,5 horas e depois há o conforto de me poderem deixar muito mais perto de casa. E os horários são mais variados”, explica Liane Santos, assistente de marketing.

Ao utilizarem o carro como transporte colectivo a poupança mensal é significativa e motivo suficiente para as duas jovens. No caso de Ana e Liane, a procura de boleias é feita em vários sites disponíveis para o efeito mas principalmente através do Facebook.

Os adeptos da modalidade crescente não têm medo de viajar com desconhecidos e apanhar uma boleia é tão simples como apanhar um comboio. Além da redução dos custos de deslocação, da flexibilidade de horários e da redução do congestionamento nas estradas, a partilha de automóvel é sinónimo de menos poluição. Em média, um trajecto Lisboa-Porto feito por quatro pessoas em carros separados corresponde à emissão de 170 kg de CO2.

O Economia Verde foi constatar a tendência das boleias em Portugal. Veja o episódio 323 aqui.

Foto: JFR* / Creative Commons





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