Pato gigante de Florentijn Hofman é falsificado na China



O pato insuflável gigante do holandês Florentijn Hofman que passa a vida a viajar pelo mundo foi alvo de imitações na China. Desde que a criação de 16,5 metros de altura chegou a Hong Kong que cidades por todo o país surgiram com as suas próprias versões não oficiais do boneco.

Patos impostores de origem duvidosa surgiram primeiro em Dongguan, usando cabelo azul e longas pestanas. Em pouco tempo, já havia cerca de 10 patos em vários locais, incluindo Wuhan, Tianjin, Shenzhen, Hangzhou, Foshan, Xi’an, Dongguan, entre muitos outros.

O Rubber Duck – o autêntico – termina hoje a sua exibição em Hong Kong. Mas a sua chegada chegou até a ser anunciada na cidade de Wuhan – mesmo não tendo sido confirmada pelo artista. Um jornal local informou equivocadamente que a chegada da instalação era parte de um acordo entre a empresa chinesa de imóveis Country Garden e o seu criador.

“Eu sempre disse que o pato de borracha é um catalisador amarelo”, disse Hofman, segundo o Inhabitat. “O que ele está a mostrar agora é que há uma falta de confiança na China e que isso é um enorme problema.”

O criador da atracção acrescentou: “Se eu fosse chinês, revoltar-me-ia. Este tipo de comportamento mata a sociedade”.

Num país onde muitos viajam até às grandes cidades para garantir que compram o que é autêntico, este pato transformou-se num símbolo da obsessão do país com a aparência, em detrimento da verdadeira origem das coisas. Isto faz suscitar questões ligadas à autenticidade nos domínios da produção e da arte, tal como se ideias e projectos podem realmente ser propriedade de um indivíduo.

Enquanto a especulação se instala, patos gigantes continuam a multiplicar-se pela China sem a aprovação do criador original. O Rubber Duck está, desde 2007, a viajar em torno do mundo e já visitou 13 cidades de nove países, desde o Brasil à Austrália.





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