Pequim registou no final de outubro as temperaturas mais elevadas desde 1961



Pequim registou uma temperatura média de 14,5 graus Celsius no final do mês de outubro, a mais elevada desde 1961 e um acréscimo de 3,4 graus face ao mesmo período do ano passado, informou hoje o Observatório Meteorológico da cidade.

De acordo com especialistas citados pelo jornal oficial Global Times, o aquecimento global está a fazer com que a diferença de temperatura entre as regiões norte e sul do país seja cada vez menor.

A ausência de ventos frios, comuns nesta altura do ano, também contribuiu para as elevadas temperaturas registadas na capital chinesa nos últimos dias.

Para além de Pequim, todo o norte da China registou temperaturas elevadas no final de outubro: a cidade de Tianjin atingiu uma temperatura média recorde de 16,2 graus Celsius em 28 de outubro, a segunda mais elevada para esse dia desde 1961.

“Os fortes ventos do norte costumavam trazer ar frio que arrefecia grande parte do país, mas este ano não”, observou o meteorologista Zhang Mingying, citado pelo jornal.

Esta situação também afetou a poluição atmosférica nas zonas do norte. Os especialistas avisaram que os altos níveis de poluição vão manter-se até à chegada de ar mais frio nos próximos dias.

Em 2022, a China registou 16,4 dias com uma temperatura média superior a 35 graus Celsius, a mais elevada desde 1961, de acordo com a Administração Meteorológica Nacional do país.

Os meteorologistas locais sublinharam que os períodos de calor intenso, que começam “cada vez mais cedo e terminam cada vez mais tarde”, podem tornar-se o “novo normal” no país asiático, sob o “efeito das alterações climáticas”.





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