Peru: Wikileaks chegam à sustentabilidade florestal



O Governo peruano admitiu, em segredo, que entre 70 a 90% das suas exportações de madeira mogno são provenientes de abates ilegais, de acordo com um telegrama da embaixada norte-americana que foi revelado pela Wikileaks.

Os telegramas revelam ainda que o Governo do Peru sabe que a madeira ilegal está a ser branqueada através de “falsificação de documentos, extracção da madeira fora dos limites das concessões e subornos”.

Esta revelação coloca também sob fogo várias marcas de bricolage norte-americanas – como a Home Depot, Lowe’s ou Lumber Liquidators –, que admitiram à Survival International que continuam a importar madeiras nobres da Amazónia.

Os comentários do então embaixador dos Estados Unidos no Peru, James Struble, dão uma imagem muito negativa da má administração das florestas e bosques do Peru – mas também dos Estados Unidos. Segundo o telegrama, o País liderado por Barack Obama importou 88% das exportações de madeira de mogno do Peru, tendo um papel decisivo neste campo.

Saiba mais pormenores no site da Survival International.

A ONG já reagiu a esta notícia: “O telegrama do embaixador mostra até que ponto as autoridades estão dentro do abate ilegal de árvores no Peru, sem porém o reconhecerem ou fazerem nada para acabar com a situação. Custa a acreditar que cinco anos depois ainda estejamos a ver abates ilegais sistemáticos e o fracasso total na hora de proteger a terra habitada por povos indígenas vulneráveis”.

“Os consumidores europeus e norte-americanos não podem confiar nos documentos que supostamente mostram como o mogno peruano vem de fontes sustentáveis, já que estes [documentos] não têm nenhuma credibilidade”, continuou a Survival International.





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