Pessoas de etnia negra são mais atingidas pela poluição atmosférica



Um novo estudo da Universidade de Minnesota concluiu que os americanos de etnia negra são mais atingidos pela poluição atmosférica do que a população caucasiana – e aqui o local onde o estudo foi realizado, Estados Unidos, faz toda a diferença, como vai ver.

Ao cruzarem dados dos censos com mapas de poluição atmosférica, os investigadores concluíram que, em muitos locais do país, as pessoas de etnia negra com baixos rendimentos respiram ar mais poluído do que a população caucasiana com rendimentos mais elevados.

Em média, os indivíduos de etnia negra inalam níveis 38% mais elevados de poluição que que os indivíduos caucasianos. De acordo com os investigadores, se estas populações que respiram ar mais poluído respirassem o mesmo nível de poluição que os caucasianos, seria possível prevenir cerca de sete mil mortes relacionadas com causas cardíacas todos os anos.

Os investigadores concluíram ainda que os níveis de rendimentos interferem com a exposição à poluição. “Tanto a raça como os rendimentos contam, mas a raça conta mais do que os rendimentos”, indica Julian Marshall, professor de engenharia ambiental na Universidade do Minnesota, citado pela Atlantic Cities. “E isso é um ponto muito importante, porque quando se começa a falar nas diferenças raciais as pessoas dizem ‘isso é só nos rendimentos’”, explica.

A discrepância é tão acentuada, sublinha o estudo, que mesmo as pessoas de etnia negra com elevados rendimentos respiram maiores quantidades de ar poluído. A razão para esta ocorrência carece ainda de estudos mais aprofundados mas Julian Marshall aponta que uma explicação pode ser o facto de as pessoas de etnia negra tenderem a viver em zonas muito poluídas das cidades.

Foto:  Jacksoncam / Creative Commons





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