Petição quer evitar construção de empreendimento de betão à frente da praia de Carcavelos
Cerca de 700 pessoas já assinaram a petição Salvar Carcavelos, que pretende evitar o Plano de Pormenor do Espaço de Reestruturação Urbanística de Carcavelos-Sul, que visa a transformação de uma área de 54 hectares, situada em frente à Praia de Carcavelos, “em betão”.
Os signatários da petição afirmam que esta “jogada urbanística que está a ser levada a efeito destruirá toda a zona de litoral das freguesias de Parede e Carcavelos”, não só “em termos de qualidade de vida mas também ambiental e socialmente”.
O plano prevê a reestruturação urbanística do território, visando a implementação de um parque urbano de dimensão relevante, um centro de saúde, uma escola EB1 (pré-escolar e 1º Ciclo), dois campos de jogos – com e sem bancadas – um centro paroquial com centro de dia, um centro de treino gímnico, equipamento cultura, ninho de empresas e, sobretudo, 930 fogos, um hotel e comércio. Será também construído novo estacionamento de apoio à praia, num projecto global no valor de €393 milhões numa zona sensível e de elevada densidade populacional.
“Vemos com particular preocupação e concentração neste espaço geográfica de um edificado urbano de dimensão relevante. Nesta perspectiva, alertamos para a elevada densidade de área a construir numa zona sensível e com especificidades muito próprias, derivadas, desde logo, pela sua localização”, explicam os signatários da petição, que se dirigem a Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.
Paralelamente, de acordo com este grupo de signatários, estão ainda planeados, para o mesmo local, um Campus Universitário – a sul – e uma estrutura de saúde – a Norte.
“Apesar da explosão urbanística deste concelho, que tem sido desmesurada e caótica, continuam a querer construir, aqui, edifícios de habitação, apesar de existirem, à volta, fogos devolutos”, explicou à SIC Ana Maria Azevedo, do Fórum Carcavelos.
“Esta construção nunca faz sentido junto à praia. Esta zona é necessária para o lazer das pessoas – não temos outros espaços para utilização da população”, continuou Sofia Seca, também do Fórum Carcavelos. O plano está em discussão até 17 de Fevereiro.
Veja a reportagem da SIC (em baixo).