Petrolífera canadiana argumenta que os derrames são bons para a economia
Quando a Kinder Morgan decidiu expandir a capacidade da sua pipeline – ou transporte tubular – de Alberta para Vancouver, no Canadá, teria de ter a aprovação da National Energy Board.
Para conseguir o aval deste instituto, a petrolífera utilizou um argumento audacioso, no mínimo: em caso de derrame de crude, quem fica a ganhar é a comunidade local.
“Os derrames na pipeline podem ter efeitos positivos e negativos nas economias locais e regionais, tanto no longo como curto prazo. A resposta aos derrames e a as acções de limpeza criam oportunidades de negócio e emprego para as comunidades e regiões afectadas”, argumentou a empresa, segundo o Edmonton Journal.
Este certeiro – mas invulgar – argumento foi acompanhado de uma descrição do tamanho do derrame. Assim, caso o derrame seja pequeno, a procura não será muita. No entanto, em caso de um derrame gigante, as oportunidades de resposta serão maximizadas.
Estranhamento, os governantes não ficaram convencidos com os argumentos. “Sabemos que a Kinder Morgan está a usar todos os truques do livro para tentar construir esta pipeline na nossa comunidade, mas isto é a cereja no topo do bolo – ver o derrame como algo bom para a economia local”, explicou Kennedy Stewart.
Assim, é pouco provável que esta expansão de pipeline vá para a frente.
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