Pingo Doce, Nespresso, First Rule e Pantoja – Grupo Logístico distinguidos nos prémios Lean & Green



No passado dia 17 de fevereiro realizou-se o evento “Descarbonização, Sustentabilidade e Agenda da Indústria” da GS1 Portugal, onde esteve inserida a segunda edição da entrega de prémios da iniciativa europeia Lean & Green, representada pela empresa no país. O Pingo Doce tornou-se a primeira empresa com 3 estrelas Lean & Green em Portugal, e a Nespresso e a First Rule receberam a primeira estrela do programa, como resultado da redução das suas emissões de carbono. Quanto à Pantoja – Grupo Logístico, foi premiada pelo plano de ação para reduzir as emissões.

Na sessão, os representantes partilharam os vários avanços que têm vindo a concretizar. A Nespresso já produz cápsulas de café com 80% de alumínio reciclado, ao mesmo tempo que transforma as borras do café em embalagens de arroz que entrega ao Banco Alimentar. A Jerónimo Martins, por sua vez, já eliminou mais de 27 mil toneladas de plástico e cartão só com o design ecológico das suas embalagens. A First Rule, que desenvolve soluções de energia renovável, reduziu as deslocações associadas aos seus serviços em quase 30%, e melhorou a relação e satisfação dos clientes. Já a Pantoja – Grupo Logístico, investiu em tecnologia para monitorizar o impacto de cada viagem e abriu uma plataforma em Coimbra que permitiu reduzir drasticamente os quilómetros percorridos por cada rota, tendo também em curso um projeto de emissões zero na zona do Porto.

A GS1 Portugal reuniu ainda os representantes para debater num painel sobre “Descarbonização das Cadeias de Valor e Economia Circular”. Ao longo deste Painel Debate, revelou-se unânime a certeza de que a sustentabilidade deixou de ser conceito para ser fator indispensável ao sucesso das empresas, uma vez que “o consumidor de hoje está pronto para deixar de comprar se vir que a empresa não aposta na sustentabilidade”, notou Sofia Tavares, Costumer Care & Services Manager da Nestlé Nespresso Portugal.

Contudo, o próximo passo na descarbonização da cadeia de valor não poderá ser dado sozinho, acreditam os oradores. Para o futuro da sustentabilidade empresarial, será necessário apostar nas colaborações entre as empresas do setor. “As parcerias são importantes. Se olharmos só para nós, vamos acabar num buraco. É vital desenvolver metodologias como estas com aqueles que estão connosco. É preciso ter parceiros em vez de . fornecedores”, sublinhou Vítor Ferreira de Almeida, responsável pela área de Supply Chain & Logistics do Pingo Doce.

Os representantes encerraram o debate com a renovação dos votos das suas empresas na área da sustentabilidade, realçando que esse investimento trará resultados ao nível da reputação, redução de riscos, criação de oportunidades e, sobretudo, criação de valor para as marcas. No entanto, e de forma unânime, deixam o alerta: “Todos nós precisamos de mudanças ao nível político que impacte empresas e consumidores, para que se faça um melhor trabalho nesta área, mas de uma forma global e não apenas local”.

O Painel Debate foi precedido de apresentações de enquadramento. Na apresentação da responsabilidade da Presidente do GRACE, Margarida Couto, subordinada ao tema “O Pacto Ecológico Europeu: eixos da sustentabilidade e dos negócios responsáveis”, foi analisado em detalhe o impacto que as metas europeias, alertando para o facto de “todos estarem vinculados” ao objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2050. “É um mito e é errado pensar que este pacote é essencialmente dirigido às indústrias que trabalham na área da energia ou empresas energéticas. Este pacote vai impactar toda a indústria”, reforçou a responsável.

O evento contou ainda com um olhar cronológico e qualitativo da representação que a GS1 Portugal tem feito no país, da iniciativa europeia Lean & Green. Gonçalo Dias, coordenador do projeto em Portugal, salientou que, aos dias de hoje, são mais de 20 as empresas que aderiram à iniciativa, “desde as fabricantes às tecnológicas, passando pelas de energias renováveis, pelo setor alimentar e não alimentar”. Perante uma rede tão diversificada, o coordenador do projeto lembrou que, em 2021, foi lançado não só o Comité Lean & Green em Portugal, com o intuito de criar mais sinergias entre as empresas; mas também o Fórum Lean & Green, através do qual a GS1 Portugal pode ouvir as empresas aderentes e perceber de que forma as pode ajudar – e que caminho deve ser feito – para que a economia seja “mais verde”.





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