Pinguins estão a sofrer com as alterações climáticas



Investigações recentes revelam que os pinguins estão em perigo devido às condições ambientais extremas ligadas às alterações climáticas. Os estudos destacam as dificuldades que as colónias destes animais enfrentam ao lidar com os efeitos do aquecimento global, nomeadamente na Argentina e na Antárctida. Em ambos os locais os pinguins enfrentam um futuro incerto.

As alterações climáticas estão a matar as crias de pinguim na maior colónia mundial de pinguins-de-magalhães em Punta Tombo, na Argentina, através do aumento do número de ondas de calor e tempestades que conduzem a cheias, indicam os investigadores.

As crias desta espécie de pinguim estão protegidas apenas por uma camada de penas e, quando as colónias são atingidas por tempestades, ficam a agonizar e acabam por morrer, uma vez que os progenitores não têm capacidade para as salvar. Quando a colónia é atingida por vagas de calor o facto de ainda não possuírem penas impermeáveis impede-as de se refrescarem no mar e acabam por sufocar com calor.

Já na Ross Island, na Antárctida, é extremamente difícil aos pinguins-de-adélia alimentarem-se já que o degelo das calotes polares cria icebergs gigantes, o que dificulta a caça de peixe.

De acordo com Ginger Rebstock, investigadora da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que participou num estudo que monitorizou uma colónia argentina de 400 mil pinguins durante 27 anos, “esperam-se anos em que quase nenhumas crias de pinguim vão sobreviver se as alterações provocarem tempestades maiores e mais frequentes durante os períodos vulneráveis da época de reprodução”, cita o Guardian.

Durante o período do estudo, cerca de 65% das crias morreram e 40% passou fome. Estima-se que as alterações climáticas sejam responsáveis pela morte de 7% das crias de pinguim anualmente, mas nos últimos anos esta foi a causa de morte mais comum. Num ano do estudo, 43% das mortes foram atribuídas às alterações climáticas e noutro cerca de 50%.

Factores como a fome e o tempo deverão interagir mais de perto à medida que o clima muda, já que as crias com fome e mais fracas estão mais vulneráveis a fenómenos climatéricos extremos.

Foto: wwarby / Creative Commons





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