Plantar árvores com maior distância pode garantir a sua sobrevivência, indica novo estudo
As alterações climáticas estão a provocar a ocorrência de eventos extremos, muitas vezes imprevisíveis. Os incêndios são cada vez mais comuns, as situações de seca também, e se juntarmos o aparecimento de espécies invasoras, todos estes fatores põem em risco as florestas.
Um estudo da Universidade Estadual de Utah sugere que deve ser criada uma nova estratégia de restauração e proteção florestal, com base nos atuais riscos e mudanças do clima. As estratégias adaptadas no passado devem ser deixadas de parte, dado que as florestas têm agora novas exigências e necessidades. Como defendem os autores, “as florestas saudáveis do futuro podem ter um aspeto diferente das florestas saudáveis do passado”.
Foram analisadas mais de 50 mil árvores durante um período de 23 anos. Os resultados indicam que plantar as árvores com maior distância pode ser benéfico e aumentar as suas hipóteses de sobrevivência. Com mais espaço entre si, a competição por água reduz, as árvores conseguem combater melhor as pragas, e recuperar mais rapidamente após os fogos florestais. As florestas abertas e com mais baixa densidade mostraram ser mais tolerantes a ambos os riscos.