PLY&co: o mobiliário ecológico nacional que quer combater o desperdício (com VÍDEO)



Paulo Costa é arquitecto há 20 anos e um adepto da sustentabilidade. Quando o mercado da arquitectura estagnou resolveu dar corpo a uma ideia que há muito guardava em esboço e criou a PLY&co em 2010, uma marca de design de mobiliário ecológico.

Uma das principais peças produzidas pela marca são os bancos Sit’Abit Stool, montados através de encaixe e fabricados com cortiça nacional. “É um banco que se encaixa e esta cera natural serve para dar um acabamento natural”, explica Ana Fareleira, arquitecta que trabalha no atelier da PLY&co, ao Economia Verde.

A cera é de abelha e 100% natural, porque pela composição dos produtos com que Ana dá os acabamentos não passam químicos de síntese e o preparado protege a cor do mobiliário, evitando que se risque, o que prolonga a vida útil do objecto. As peças que passam pelas mãos de Ana, para os acabamentos, são desenhadas por Paulo e fabricadas com matérias-primas naturais e nacionais, com o mínimo de desperdício possível.

“Uma das questões que para mim era fundamental era minimizar ao máximo o desperdício e obviamente ter em linha de conta materiais que sejam o mais possível amigos do ambiente. A indústria portuguesa foi logo tida em conta através dos materiais e do aglomerado de cortiça nacional com certificado FSC”, explica o arquitecto.

O certificado do Forest Stewarship Council (FSC) garante que a matéria-prima utilizada nas peças provém de florestas geridas de forma sustentável. Mas Paulo Costa pensa em todo o ciclo dos produtos e o desenho também é pensado para reduzir o desperdício. De um bloco de aglomerado de cortiça apenas não são aproveitados entre 5% a 10% do material e este desperdício é devolvido à origem.

Adicionalmente, as peças produzidas pela PLY&co são comercializadas em embalagens planas, o que permite reduzir o volume de transporte e armazenamento em cerca de um quinto, bem como a quantidade de cartão para a embalagem e as emissões de dióxido de carbono associadas.

Para já, esta empresa do Porto dispõe de apenas 15 modelos diferentes, todos de fácil montagem e transporte. Com um investimento inicial de €10.000, o negócio está a dar os primeiros passos mas já vende para algumas lojas em Portugal. Contudo, a internet é a montra principal. “Dinamarca e Alemanha, principalmente, porque são países que estão associados a mercados que me interessam porque têm uma consciência ecológica e de design”, afirma Paulo.

O Economia Verde foi conhecer melhor a PLY&co. Veja o episódio 329 aqui.





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