Pode este golfinho-robô de 22 milhões de euros substituir animais cativos em parques temáticos?



A empresa responsável por alguns dos animais animatrónicos mais famosos de Hollywood desenvolveu golfinhos robôs quase idênticos aos reais.

A Edge Innovations, uma empresa neozelandesa que criou alguns dos animais animatrónicos mais famosos de Hollywood a partir de filmes como “Free Willy” e “Flipper”, desenvolveu golfinhos robôs que parecem e agem quase da mesma forma que os verdadeiros.

A Edge espera que as suas invenções sejam utilizadas ​​em filmes e parques temáticos aquáticos, em vez de animais vivos. Se a ideia for expandida, os nadadores podem mergulhar com golfinhos robôs, grandes tubarões brancos ou mesmo répteis marinhos da era Jurrasic, relatou o The Independent.

A primeira fase do desenvolvimento do protótipo foi patrocinada por um grupo de desenvolvimento chinês que se comprometeu num comunicado a utilizar os animais robóticos em vez de vivos nos novos aquários em construção.

Segundo o jornal The Guardian, num teste feito o público foi incapaz de distinguir entre o animal verdadeiro e o robô. Este protótipo de golfinho é controlado remotamente e pode interagir como um golfinho natural faria.

Por ser um robô, o golfinho da Edge pode acenar com a cabeça em resposta a uma criança, nadar num minúsculo tanque ou mesmo numa piscina com cloro, o que seria prejudicial a animais reais, relatou o The Guardian.

A animatrónica também pode ajudar a trazer de volta o público que não gosta de parques aquáticos que usam animais vivos e mudar a indústria, informou a Reuters.

“A indústria de parques marinhos teve receitas em queda por mais de uma década devido a preocupações éticas e ao custo dos animais vivos, mas a fome do público em aprender e experimentar esses animais ainda é tão forte como sempre”, disse Holzberg ao The Guardian. “Acreditamos que é hora de reimaginar essa indústria e que essa abordagem pode ser mais humana e mais lucrativa ao mesmo tempo.”

O custo seria de cerca de 22 milhões de euros por animal, quatro vezes o valor de um golfinho natural.

“Temos que persuadir [os clientes em potencial] de que é um negócio lucrativo, ainda mais lucrativo do que animais vivos”, disse Li Wang, gestor de negócios da Edge, ao The Guardian. Wang ressaltou que os robôs não exigem os mesmos cuidados ou as temperaturas da água monitorizadas cuidadosamente como os golfinhos de verdade. Edge notou também que os robôs “sobreviverão” mais tempo que os seus homónimos reais, que normalmente morrem dentro de 20 anos em cativeiro.

Segundo a Reuters, o grupo de defesa dos animais PETA está apoiando e até realizou um evento com o protótipo do golfinho.

A ativista da PETA Katherine Sullivan disse ao The Independent que a invenção poderia ajudar a dar início ao fim dos “programas cruéis de ‘nadar com golfinhos’, pelos quais jovens golfinhos são traumaticamente sequestrados das suas casas no oceano”

“Em 2020, a tecnologia de ponta permite-nos experimentar a natureza sem prejudicá-la”, disse a diretora da PETA no Reino Unido, Elisa Allen, ao The Guardian.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...