Poluição atmosférica ataca “colesterol bom”



Que a poluição ambiental traz sérias consequências ao bem-estar dos humanos não é novidade, mas um estudo agora revelado dá uma cara aos perigos da exposição ao carbono negro. Tido como um dos poluentes mais associado ao trânsito, o carbono negro surge assim como um “significativo” factor de risco para o surgimento de ataques cardíacos.

Segundo os autores deste estudo, feito por equipa da Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, a ligação entre o carbono negro e um maior risco de ataque cardíaco está na poluição atmosférica, e na sua capacidade para influenciar os níveis de colesterol bom (HDL).

O coração daqueles que vivem em zonas afectadas pela poluição ambiental, em locais com elevada exposição a níveis de PM2.5, está assim mais vulnerável e sujeito a possíveis problemas.

O estudo revela assim que há consequências reais para quem coabita com o carbono negro, que podem passar pelo aumento da pressão sanguínea, o que só por si retira o efeito protector do “colesterol bom”.

E as mulheres parecem estar mais vulneráveis aos efeitos nocivos deste “assassino silencioso”. Embora ambos os sexos sofram das consequências nocivas, o impacto da poluição atmosférica parece ter maior prevalência no sexo feminino.

Dados de 2013 da Agência Europeia do Ambiente mostram que no nosso país 6640 mortes prematuras foram consequência directa da exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto.

Foto: via Creative Commons 





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