Poluição: chuvas ácidas ameaçam templos maias no México



Dentro de cem anos os templos Maias podem muito bem ser apenas uma recordação dos míticos monumentos no México, tudo por culpa das chuvas ácidas. Quem o diz é uma equipa de cientistas do Centro de Estudos Atmosféricos da Universidade Autónoma do México, que avisa que este importante marco cultural poderá mesmo estar em risco.

Os investigadores estão a revelar especial preocupação com as inscrições, presentes em muitas das paredes e pilares deste monumento que, dizem as estimativas, terá começado a ser construído em 1800 a.C.

Mas o que estará a provocar uma tão forte deterioração deste monumento de valor incalculável? A resposta está no carbonato de cálcio, componente presente no calcário, que apresenta fraca resistência às chuvas ácidas, dissolvendo-se num (breve) piscar de olhos.

A equipa de investigadores procura agora uma solução que garanta a preservação do templo, mas não tem sido uma busca fácil, já que a pedra calcária é um organismo muito frágil. “A pedra calcária tem de respirar, absorver humidade e água, e se a cobrirmos com uma camada que a sele, isso vai acelerar a sua erosão”, explicou Pablo Sanchez ao Daily Mail.

Consequência da poluição, as chuvas ácidas têm lugar quando a poluição se encontra com as nuvens, provocando uma descida abrupta do ph da água quando cai.

A lutar com graves problemas ambientais há décadas, o México recebe anualmente perto de 11,4 milhões de turistas (dados de 2017), com os templos Maias a encabeçar a lista de atracções turísticas do país.

Foto: Marcelo J / flickr 





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