Poluição do ar paralisa cidade chinesa com 11 milhões de habitantes



O smog fez encerrar Harbin – uma das maiores cidades da China, com uma população de 11 milhões –, devido aos potenciais problemas de saúde associados ao fenómeno e a uma visibilidade limitada de apenas 10 metros. As escolas e os aeroportos locais estão fechados e os transportes públicos são limitados, numa altura em que toda a cidade lida com a poluição que atingiu níveis 50 vezes superiores aos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde.

Apesar de não ser a primeira vez que a China enfrenta altos de poluição do ar, os níveis registados em Harbin são realmente chocantes. O governo local relata um índice de qualidade do ar de 500 – o mais alto possível. Algumas zonas da cidade registam um índice de material particulado de 1.000 miligramas por metro cúbico – valores que são especialmente alarmantes para as autoridades de saúde.

Os moradores e funcionários estão agora especialmente preocupados com o denso smog que começou a tomar conta da cidade industrial. Para piorar a situação, o sistema de aquecimento a carvão da cidade foi activado, agravando a poluição.

“Não se consegue ver os próprios dedos à frente”, anuncia o site oficial noticioso da cidade. Um habitante de Harbin também comentou: “Pode ouvir-se a pessoa com quem se está a falar, mas não se consegue vê-la”.

O governo emitiu um alerta vermelho e pediu à população para ficar em casa, usar máscaras e comer pêras – no norte da China acredita-se que o fruto ajude os pulmões irritados. Apesar dos avisos para ficar longe das estradas, tem-se registado trânsito intenso em duas auto-estradas. De acordo com o Inhabitat, as internações hospitalares aumentaram 30% num fim-de-semana, com muitas pessoas a queixarem-se de problemas respiratórios.

A região nordeste da China tem implementado, durante anos, medidas rigorosas de combate à poluição do ar. Até ao momento, as autoridades locais têm substituído caldeiras de aquecimento de pequeno porte por sistemas urbanos de aquecimento central, proibido o carvão com alto teor de enxofre e aplicado padrões de combustível mais limpo para os automóveis. Mas o maior problema – o sistema de aquecimento central da cidade, que é alimentado a carvão – mantém-se activo.

Harbin é uma das cidades mais frias da China e enfrenta frequentemente a difícil escolha entre ar limpo ou clima aquecido.





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