População de borboletas-monarcas regista o maior declínio de sempre



No Verão de 2011, um pequeno grupo de cientistas de Ontário, no Canadá, realizou a investigação mais ambiciosa já alguma vez proposta em torno da borboleta-monarca, uma espécie em perigo. A liderar o trabalho de campo estava Tyler Flockhart, que percorreu mais de 35 mil quilómetros através dos Estados Unidos e do Canadá para apanhar e etiquetar centenas de borboletas – que foram, depois, sujeitas a uma análise de laboratório para determinar os seus locais de origem.

“Do que eu conheço, esta é a amostra mais ampla de borboletas-monarcas de toda uma época de reprodução em toda a América do Norte”, disse recentemente Flockhart. Os resultados do esforço confirmaram o que entomologistas temiam há anos: a borboleta está a caminhar para a extinção. Em 2012, o número de espécimes da população foi o mais baixo de sempre.

Segundo o Atlantic Cities, a monitorização destes insectos é uma tentativa arriscada, porque a sua migração anual abrange vastas distâncias e diferentes gerações. As borboletas passam os meses mais frios nas florestas centrais do México, viajando então na Primavera para os EUA e o Canadá.

Neste Inverno, no México, as borboletas ocuparam pouco menos do que um hectare de floresta – uma diminuição de 59% dos quase três hectares do Inverno de 2011-12, de acordo com o World Wildlife Fund (WWF). A causa parece estar nas flutuações climáticas extremas sentidas nos EUA e no Canadá que secam os ovos e matam as larvas de borboleta.

Há outros agentes suspeitos por detrás da diminuição destes espécimes. Algumas pessoas referem os herbicidas pulverizados nas produções de milho que matam as ervas daninhas e limitam os lugares onde os insectos podem colocar seus ovos. Ao mesmo tempo, a fonte de alimento das monarcas vai desaparecendo à medida que os campos são substituídos pelo cimento.

Mais uma triste notícia para o reino animal.





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