População de linces-ibéricos está a crescer na Península Ibérica
Os números foram divulgados ontem pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e representam boas notícias para a biodiversidade ibérica: há neste momento 475 linces ibéricos a viver na Península Ibérica. Nativos de Portugal e Espanha, os linces ibéricos passaram de espécie “criticamente ameaçada” para “ameaçada”, mantendo-se no entanto o risco de extinção.
Os dados relativos a 2016 mostram que o trabalho de conservação da espécie e dos seus habitats está a dar frutos, e a manter-se o ritmo de crescimento da população destes animais há boas perspectivas que a classificação oficial possa subir para “vulnerável”, caso os números de felinos dupliquem ou tripliquem a médio-prazo.
A participar na conferência “Salvar espécies da extinção: a recuperação e protecção de habitats”, promovida pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, o biólogo Eduardo Santo da LPN afirmou que a “continuar o esforço de conservação o lince ibérico é uma espécie que tem futuro”. E com este esforço não é apenas esta espécie que se está a proteger. “Quando se está a proteger o lince-ibérico, está-se a proteger muito mais”, defendeu o biólogo, acrescentando que este felino “ajuda a regular o ecossistema, a manter a fauna e a flora”.
No nosso país a comunidade de linces-ibéricos está concentrada no Vale do Guadiana, com cerca de 20 a 30 animais a viver no local, fruto de um intenso trabalho de reintrodução da espécie, criada em cativeiro, no seu habitat natural.
Foto: Juan Manuel / via Creative Commons