Por-Bajin: a ilha inquietante ainda com tanto por contar



Descoberta em 1891 num lago do sul da Sibéria, perto da fronteira com a Mongólia, a ilha-fortaleza de Por-Bajin só foi estudada quase um século depois e, nos nossos dias, continua a deixar os historiadores e cientistas confusos sobre a sua história ou utilidade.

Construída há 1.300 anos no lago Tere-Khol, na República de Tuva, na Rússia, esta fortaleza ocupa 3,5 hectares e parece ter sido utilizada como prisão. No entanto, as suas ruínas labirínticas não só não permitem confirmá-lo como levantam outras dúvidas.

Alguns especialistas acreditam que a área isolada poderá ter servido para atrair pessoas e não prendê-las. Outros, dizem que terá sido um palácio de Verão, um mosteiro ou até um observatório astrónomo.

Em 2007, os arqueólogos descobriram vários pés de barro – o nome Por-Bajin, aliás, pode ser traduzido por casa de barro -, desenhos descolorados nas paredes, portas gigantes e fragmentos de madeira queimada.

Construída durante o período de Uighur Khaganate, a fortaleza fica longe das principais rotas comerciais de então mas, curiosamente, tem inspiração arquitectural chinesa.

A outra grande dúvida que confunde os historiadores prende-se com a razão para ter sido abandonada. É verdade que não existe nenhum vestígio de um sistema de aquecimento, apesar do duro Inverno siberiano e de o local se situar a 2.300 metros de altitude, mas se a ilha-fortaleza foi construída, não haverá razão para, um dia, ter sido abandonada. Aparentemente para sempre.

Foto: Oschtan / Wikimedia Commons

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