Portal de informação para bicicletas avança em Portugal
A Unidade de Missão para a elaboração da Carta da Mobilidade Ligeira, que visa delinear uma estratégia para o desenvolvimento de uma área de mobilidade estratégica em Portugal, vai lançar um portal de informação para bicicletas, avançou hoje o Menos Um Carro.
De acordo com o movimento pela mobilidade sustentável na Grande Lisboa, o portal irá agregar todas as informações pertinentes para os utilizadores de bicicletas, desde a localização de ciclovias, meios de transporte que permitem veículos de duas rodas ou até empresas que estejam a incentivar e promover esta prática.
Haverá ainda espaço para fóruns sobre o tema, recomendações de utilização, eventos, bicipédia, FAQ e outras questões pertinentes.
O grupo de trabalho, criado pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, assegurará ainda um sistema de certificação de entidades e empresas, a revisão do Código da estrada e um manual de estacionamento para bicicletas.
Os responsáveis pela unidade trabalham há dois meses num Mapa da Carta da Mobilidade Ligeira, que está a ser desenvolvido com contribuições do IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes), da Refer, da CP e da ANMP (Associação Nacional de Municípios Portugueses).
Esta carta inclui a lista dos transportes ferroviários que permitem o transporte de bicicletas, as ecopistas ou os percursos para bicicletas e sistemas de partilha de bicicletas existentes em Portugal. Todas estas informações serão veiculadas a partir de um portal específico.
“O programa Portugal mais amigo das bicicletas divide-se em quatro campos estratégicos: Engenharia (infraestruturas de suporte para o uso da bicicleta), Educação (programas de sensibilização), Incentivo (campanhas de incentivo, regras que promovem a segurança e os direitos dos utilizadores de bicicleta) e Avaliação (monitorização dos resultados e planeamento para o futuro)”, explicou ao Menos Um Carro Miguel Barroso, um dos responsáveis pela comissão.
“O objectivo deste programa é, por um lado, ajudar as entidades a seguir um rumo mais amigo da bicicleta e, por outro lado, tornar Portugal num país mais apto para a utilização da bicicleta”, acrescentou.
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