Portal japonês Rakuten vai deixar de vender carne de baleia



O maior portal de comércio electrónico japonês, Rakuten, vai deixar de vender carne de baleia. A decisão chega depois de o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ter dado ordem ao Japão para parar com a pesca de baleias na Antárctida.

Recentemente, a Environmental Investigation Agency (EIA) e a Human Society International revelaram que o site da empresa disponibilizava cerca de 28 mil produtos com marfim e 1.200 produtos que incluíam carne e derivados de baleia.

O documento explicava que a Rakuten tinha “o maior mercado online do mundo” para encontrar este tipo de produtos. A partir desta informação, iniciou-se uma campanha contra a empresa nas redes sociais, como o Twitter e o Facebook, de acordo com o El Pais.

Num comunicado publicado na sua página, a Rakuten explica que tomou a decisão “de acordo com o acórdão do Tribunal Internacional de Justiça, de 31 de Março de 2014”, mas não menciona o relatório da EIA ou a campanha contra a empresa feita na internet.

O TIJ ordenou ao Japão que revogasse as licenças de caça às baleias na Antárctica, por não se relacionarem com os “fins científicos” exigidos pela legislação internacional.

A decisão, embora vinculante, não proíbe de forma total a caça de baleias no Japão, que tem um programa “científico” com o Pacífico Norte e pratica a caça de espécies mais pequenas, nomeadamente golfinhos.

Da mesma forma, não proíbe a venda de carne de baleia, que é legal no pais asiático.

A nova política da Rakuten, no entanto, abarca não só a venda de carne de baleias e golfinhos, mas também a comercialização de outras partes destes animais, incluindo pele, ossos ou órgãos.

A empresa pediu aos retalhistas que removessem as páginas dos produtos afectados pela nova medida até 30 de Abril.

Foto:  Ari Helminen / Creative Commons





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