Porto Design Biennale assume-se como “espaço de desafio e provocação”



A Porto Design Biennale arranca sexta-feira, no Porto e em Matosinhos, com exposições, oficinas e conferências, numa edição que se assume como de consolidação do evento enquanto “espaço de desafio e provocação”.

Apresentada ontem, aquela que será a terceira edição do evento conta com um investimento de 425 mil euros de cada um daqueles municípios.

A Porto Design Biennale tem curadoria de Fernando Brízio e vai decorrer até 03 de dezembro, assumindo o compromisso do Porto e de Matosinhos de “valorização do território” e desenvolvimento de dinâmicas culturais intermunicipais.

Com o tema central “Ser Água: Como fluímos e nos moldamos coletivamente”, a Porto Design Biennale tem exposições de Fernando Brízio, Miguel Vieira Baptista, Margarida Mendes, Joana Pestana, Mariana Pestana, Studio Makkink & Bey e Ivo Poças Martins em espaços como o Museu do Porto, o Palácio dos Correios, a Casa do Design de Matosinhos, a Galeria de Biodiversidade ou o Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.

“[A 3ª edição da Porto Design Biennale] é a consolidação, desde logo, enquanto espaço de desafio, provocação, questionamento em torno de uma disciplina fundamental como é o design, enquanto local de encontro de diferenças expressões artísticas, enquanto manifesto da consciência de encontrar respostas para os grandes problemas societários deste século, designadamente da questão climática”, afirmou, na apresentação, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Para o autarca, o evento assume ainda outra importância: “É a consolidação enquanto projeto entre dois municípios geográfica e culturalmente próximos”.

A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, realçou também a parceria dos dois municípios na realização do evento: “A Porto Design Biennale assume o compromisso político que temos com o design enquanto fator estratégico de desenvolvimento e de afirmação de Matosinhos e do Porto. Os dois municípios juntos permitem que esta bienal tenha outra dimensão, fazendo com que se afirme no panorama nacional e internacional e assim leve mais longe os nomes dos dois municípios”.

Quanto ao tema, a autarca explicou que “é facilmente percetível” a escolha e que o evento assume também uma função de sensibilização.

“Há sempre um tema transversal, este ano é evidente a importância deste elemento, sobretudo nestes tempos de alterações climáticas, de transição energética, o design também é uma disciplina essencial para permitir sensibilizar para os comportamentos responsáveis que temos que adotar e chegar a novo público, passar uma mensagem de sensibilização, disse.

A edição deste ano da bienal tem Espanha como país convidado, uma escolha que para o autarca do Porto é obvia: “Quando olhamos aquilo que são as pendularidades existentes não nos podemos esquecer que o Porto e Norte de Portugal têm a única cidade transfronteiriça da Europa: Chaves-Verim. É um caso único”.

“E depois há um aspeto fundamental, a Galiza não tem uma escola superior de design, aqui há. Há aqui um potencial enorme de atrair para as nossas cidades e escolas superiores interessados que muitas vezes acabam na Galiza”, apontou Rui Moreira.





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