Porto testa projecto que coloca carros a falar entre si



Imagine um carro que comunica com outros carros, passa informações sobre o trânsito, velocidade de outros veículos, informa sobre um acidente, obras na estrada ou até um carro parado uns metros à frente, num raio de um quilómetro.

Em breve, todas estas situações podem ser realidade, através de um programa da universidade norte-americana Carnegie Mellon em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Universidade de Aveiro, Ndrive, Brisa, Geolink, RadiTáxis, e os institutos de Telecomunicações (IT) e da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT).

O projecto chama-se Drive-In, foi iniciado em 2008 e está a ser testado na frota de 450 táxis da cooperativa portuense RadiTáxis. Ao todo, são 30 investigadores a trabalhar nesta tecnologia, que consiste na criação de um sistema de comunicação carro a carro, por via de dispositivos que permitem uma gestão inteligente de tráfego.

Quando for comercializado, este sistema deverá custar 250 euros por veículo. “Este é o primeiro teste, a nível mundial, em larga escala, o que permitirá fazer o estudo das comunicações e possíveis aplicações a incluir”, revelou ao Jornal de Notícias Susana Sargento, investigadora do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro.

De acordo com a RadiTáxis, a tecnologia irá permitir a poupança de, no mínimo, 20% em combustíveis.

Este tipo de comunicação, feita através de redes sem fios, poderá alertar rapidamente os condutores para diferentes situações na estrada, como prever a velocidade de outros veículos, informações de congestionamentos ou indicação de rotas alternativas.

O projecto Drive-In ficará concluído em 2012 e o grande objectivo é que, lá para 2015, esta tecnologia seja já adoptada pelos fabricantes de automóveis.





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