Portugal: como as juntas de freguesia podem ser relevantes e indispensáveis (ANÁLISE)



Numa altura em que se discute a pertinência de, em Portugal, existirem tantas juntas de freguesia – e a possível extinção de muitas delas – há iniciativas que nos levam a repensar esta necessidade.

Em Airães, Felgueiras, a junta de freguesia acabou de anunciar a colocação de quatro ecopontos para a deposição de roupas, calçado, brinquedos e material escolar usado.

“[Queremos] suprir uma lacuna na área da reciclagem. É mais uma inovação concelhia”, explicou o presidente da junta, Vítor Vasconcelos, em comunicado.

Os ecopontos serão colocados na primeira quinzena de Agosto e estarão a cargo da empresa UzarNovo. Para além de apelar à reciclagem, a junta local quer promover “uma componente solidária e comunitária”.

Assim, por cada quilo recolhido deste material a reciclar, há uma contrapartida financeira que reverterá para obras na freguesia.

Por outro lado, Airães reforçou a aposta nas unidades de recolha selectiva de resíduos – de quatro para seis. A freguesia dispõe ainda de um ecopilhão, um oleão e de um ponto electrão.

Ainda esta semana, Airães anunciou a disponibilização de internet wireless gratuita na sede da junta, uma inovação “que garante cada vez mais qualidade dos serviços prestados aos moradores e visitantes”.

Para além de um site oficial, a junta dispõe ainda de uma página no Facebook, onde reforça a ligação com a comunidade – na era digital – e disponibiliza todas as novidades concelhias.

Quantas freguesias, em Portugal, têm esta ligação aos seus cidadãos?

Se é verdade que há poucas freguesias a promoverem uma relação tão umbilical com os seus cidadãos,  a verdade é que as juntas são, muitas vezes – e sobretudo em áreas rurais – o único contacto dos eleitores com o poder executivo. Como podemos reorganizar o mapa territorial autárquico e, ao mesmo tempo, reforçar a ligação com as populações? É possível?





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