Portugal é o 23 país mais atrativo para investir em energias renováveis



Portugal é o 23.º país mais atrativo do mundo para se investir em energias renováveis. A energia solar (47.1) e a energia eólica onshore (42.5) são as principais fontes renováveis utilizadas em território nacional. Os dados são apresentados no Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), um ranking semestral elaborado pela consultora EY, que abrange os 40 principais mercados no setor das energias renováveis.

A 59.ª edição do relatório RECAI explora a forma como as tecnologias renováveis emergentes e os combustíveis verdes têm potencial para reduzir substancialmente a quota de gás na produção de energia, criando assim um clima de investimento favorável a estas fontes de abastecimento. Na Europa, por exemplo, o aumento da capacidade de importação de gás natural liquefeito (GNL) ganhou impulso, bem como o aumento da
produção de gás verde e o desenvolvimento de outros combustíveis alternativos.

Devido ao contexto atual da guerra na Ucrânia, o tema da segurança energética subiu para o topo da lista de prioridades dos governos, que se encontram a apostar em programas de energias renováveis para ajudar a reduzir a dependência da energia importada. Embora a aquisição de gás de outros países para reduzir a dependência do gás russo não possa acontecer
de um dia para o outro, é agora evidente que ganhou um impulso significativo.

Os Estados Unidos, a China, o Reino Unido, a Alemanha e a França compõem as primeiras cinco posições do ranking. Nestes países predominam, respetivamente, a energia eólica offshore (60.2), a energia solar (60.7), a energia eólica offshore (62.7) e a energia éolica onshore (55.6 e 51.5). Em nona posição encontra-se ainda a vizinha Espanha, onde domina a energia solar (51.5).

Como refere Para Pedro Subtil, Líder de Energia e Recursos da EY, “O mercado português de Contratos de Aquisição de Energia (CAE) é muito menor face ao espanhol, mas está em crescimento, com os primeiros negócios já a serem fechados recentemente”.

De acordo com o documento publicado a 24 de maio, a energia eólica offshore continua a ter um grande potencial de investimento, com o custo da eletricidade gerada a cair para 70 dólares por MWh, ou menos, até 2030. Além dos onze projetos de energia eólica offshore flutuantes já em funcionamento, são previstos mais de cem com uma capacidade combinada superior a 26,300MW. A energia solar flutuante é também uma oportunidade em emergência.

“À medida que os governos procuram afastar-se do gás natural, é dado um impulso adicional às tecnologias das energias renováveis que podem ajudar a diversificar a combinação de energias renováveis. Isto define o tom para um efeito dominó significativo no cenário de investimento, com uma redefinição de prioridades da energia renovável a criar um clima atrativo para o investimento, com quantidades crescentes de capital a investir”, aponta Ben Warren, que coordena a área de Finanças Corporativas de Energia e Serviços da EY Global.

Pode consultar o relatório na íntegra, aqui.





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