Portugal é o país da Europa com menos mulheres nos conselhos de administração



Em 2006, Portugal e o Luxemburgo eram os únicos dos países europeus sem mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas, de acordo com um estudo da Egon Zehnder, empresa de recursos humanos e headhunting.

O estudo analisou 17 principais países da Europa – todos a União Europeia – e dava conta de uma tendência machista na forma como os portugueses e luxemburgueses olham para a gestão de empresas e desenvolvimento profissional das mulheres.

O estudo foi repetido este ano e, sem surpresas, Portugal continua no fim da lista – até o Luxemburgo, que connosco partilhava o último lugar, já tem nove mulheres em cargos de topo nas grandes empresas.

Segundo o estudo, desenvolvido também pela Egon Zehnder e citado hoje pelo Financial Times, Portugal terá hoje quatro mulheres nos conselhos de administração das principais empresas.

Países como a Espanha, Reino Unido, Bélgica e França evoluíram bastante nos últimos oito anos, colocando várias mulheres em cargos decisivos.

No que toca à relação à correlação entre mulheres em cargos de administração não-executivo e de direcção-executiva (CEO), Portugal continua no fundo do ranking: segundo a Egon Zehnder, existem zero CEO mulheres em Portugal e apenas oito em cargos de administradoras não-executivas.

A grande conclusão do estudo, porém, é global. O número de mulheres em cargos de topo é brutalmente baixo na Europa, incluindo em países que lideram o ranking: a Noruega tem 39 mulheres nos conselhos de administração das suas grandes empresas, mas o número não deixa de ser baixo em relação aos congéneres do sexo masculino que por lá andam.

Veja os dois rankings no Financial Times.

Foto: Daniel Ramirez / Creative Commons





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