Portugal é o segundo País da Europa com mais arquitectos por habitante (COM LISTA)
Portugal tem dois arquitectos para cada mil habitantes, perdendo apenas para a Itália, na Europa, no número de arquitectos por habitante – os italianos têm 2,5 arquitectos por cada mil habitantes, segundo uma pesquisa da Mirza & Nacey Research para a Architects’ Council of Europe.
De acordo com os resultados, que foram calculados através de uma pesquisa desenvolvida no ano passado, Portugal tem 21.200 arquitectos que ganham, em média, €13.433 – ninguém é tão mal remunerado como os portugueses nos sete primeiros países com mais arquitectos por habitante.
A Itália, que está em primeiro neste ranking (2,5 arquitectos por mil habitantes), tem um total de 153.000 arquitectos, que ganham cerca de €27.132. A Grécia, que aparece no terceiro lugar, tem 17.600 arquitectos – “apenas” 1,6 por cada mil habitantes – que ganham €16.145.
Seguem-se a Alemanha – 107.200 arquitectos, cerca de 1,3 por cada mil habitantes –; a Bélgica – 15.000 arquitectos, cerca de 1,3 por cada mil habitantes; e a Espanha – 51.700 arquitectos, cerca de 1,1 por mil habitantes (ver quadro).
Segundo o The New York Times, que publicou o quadro, o caso mais dramático para os profissionais de arquitectura encontra-se em Itália. Cerca de 27% de todos os arquitectos da Europa são italianos – o país tem mais 50.000 arquitectos que os Estados Unidos – e este número impressionante também significa que há muitos que não conseguem exercer a profissão.
Paralelamente, o excesso de arquitectos tem reduzido drasticamente os seus salários, devido à competição feroz. Muitos dos grandes arquitectos italianos, explica o The New York Times, estão a construir competências – sobretudo linguísticas – para trabalharem noutros pontos do globo.
“O principal problema da arquitectura italiana é a burocracia – isto é um sistema muito, muito complexo, onde é difícil trabalhar”, explicou Luciano Lazzari, arquitecto de Trieste e presidente da Architects Council of Europe. “Em cada 100 horas de trabalho, 98 são papelada e burocracia. A parte interessante é muito, muito limitada”, concluiu.
Foto: seier+seier / Creative Commons