Portugal no 14º lugar dos países com melhor desempenho climático



Portugal está na 14ª posição dos países com melhor desempenho climático, e subiu um lugar neste ranking desde o ano passado.

As conclusões são do relatório Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (Climate Change Performance Index (CCPI)), um instrumento destinado a aumentar a transparência do desempenho e das políticas climáticas internacionais. O objetivo é colocar pressão política e social sobre os países que, até agora, não conseguiram tomar medidas ambiciosas para a proteção climática, mas também destacar os países com melhores práticas climáticas.

O Índice CCPI avalia e compara o desempenho e a política climática de 56 países e da União Europeia, que são responsáveis por mais de 90% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).

O anúncio foi feito na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP24), que está a ter lugar em Katowice, na Polónia. Portugal ficou classificado em 17º lugar, mas, considerando que os três primeiros lugares ficaram vazios por se considerar não haver, por agora, nenhum país merecedor do pódio no que respeita à proteção do clima, a classificação remete efetivamente para um 14º lugar.

Segundo a Zero, o ano passado Portugal estava classificado em 18º lugar (na prática, 15º), sendo que somos o último dos países que ainda consegue ficar no grupo de países com classificação “alta”, a mais elevada atribuída, já que nenhum país consegue atingir a classificação “mais alta”.

Pontos positivos e negativos
Um dos aspetos negativos que Portugal ainda não conseguiu melhor é o seu fraco desempenho no que diz respeito à redução das emissões em alguns sectores, nomeadamente edifícios e transportes. Os especialistas climáticos apelam, assim, para que haja mais investimento em transporte público e mobilidade elétrica.

Positivo é o desempenho que Portugal tem no campo da eletricidade renovável, apesar de ainda não ser suficiente para impedir um aumento de temperaturas abaixo dos 2ºC. Também bom é o facto de estarmos acima da média da União Europeia no que toca ao uso do solo e florestação.

Ainda assim, há muito espaço para melhorarmos no que toca ao nosso desempenho climático. A Zero aconselha, por exemplo, que se elimine o uso de carvão para produzir eletricidade e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Também é necessário aumentar substancialmente o recurso a energias renováveis no setor residencial, apostar no transporte público e nos modos alternativos de baixas emissões, promover a eficiência energética e promover, de forma sustentável, os setores da agricultura e florestais.





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