Portugal recebe 24 milhões de euros para projetos nas áreas do Ambiente e da Bioeconomia
A Comissão Europeia acaba de atribuir 27,7 milhões de euros a 100 entidades portuguesas candidatas ao concurso Horizonte Europa, sendo que 24 milhões são dirigidos a projetos nas áreas do Ambiente e da Bioeconomia.
Os projetos financiados correspondem ao Cluster 6, que trata temas da Alimentação, Bioeconomia, Recursos Naturais, Agricultura e Ambiente, e ao Cluster 2, de Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva. O país coordena 3 dos 66 aprovados para avançar: o BioValue, o REALM e o In Situ. Em Portugal, são ambos acompanhados pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da rede PERIN.
Relativamente ao Cluster 6, foram submetidas 199 propostas, das quais 57 foram aprovadas. Nesta categoria, distinguem-se os projetos financiados liderados por instituições portuguesas: o BioValue, coordenado pela Liderado pela Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID), que pretende proteger e aumentar a biodiversidade através de ferramentas de ordenamento do território, de avaliação de impacto ambiental e ainda instrumentos financeiros e económicos; e o REALM, liderado pela NECTON – Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas, que tem como finalidade aproveitar as águas de drenagem ricas em nutrientes de explorações sem solo para a produção de microalgas, tratamento da água e captação de dióxido de carbono.
Já no Cluster 2, foram submetidas 152 propostas, tendo sido selecionais 16. Destaca-se o projeto In Situ, coordenado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que tem como objetivo á estudar as práticas, capacidades e potencial inovador das indústrias culturais e criativas em zonas não urbanas.
Como refere Joana Mendonça, presidente da ANI, “Estes são resultados que vêm consolidar o bom desempenho nacional nos programas quadro europeus. As empresas portuguesas captaram cerca de 40% do financiamento nacional em Ambiente e Biotecnologia, o que é um resultado expressivo da dinâmica empresarial crescente neste tipo de instrumentos. No caso da Cultura, Educação e Democracia verificamos que a taxa de financiamento neste primeiro ano do Horizonte Europa é, para já, o triplo da alcançada no primeiro ano do Horizonte 2020. Saudamos ainda as 19 entidades portuguesas que pela primeira vez captam financiamento europeu, evidenciando a excelência científica nacional”.