Desempregado português cria prancha de bodyboard com cortiça (com FOTOS)
Dodo Cork Boards é o nome de um novo projecto português que alia a originalidade à sustentabilidade ambiental – desta vez com pranchas de bodyboard. O impulsionador é Fernando Simões, de 34 anos, a residir na Figueira da Foz.
A ideia de criar pranchas a partir de cortiça surgiu há cinco anos, “como uma brincadeira”, segundo o próprio. O que começou como um hobbie tornou-se numa ocupação a tempo inteiro assim que perdeu o emprego. Fernando, técnico fiscal de obras públicas, está actualmente desempregado e frequenta a licenciatura em engenharia mecânica.
Dedicado agora a este projecto, o seu grande objectivo é promover a redução do uso de plásticos neste tipo de equipamento desportivo, “através da incorporação de matérias-primas orgânicas, sustentáveis e recicláveis”, explica ao Green Savers.
O projecto funciona em parceria com a Granorte, empresa que presta apoio no fornecimento da cortiça usada nas pranchas de bodyboard e que permitiu a Fernando fazer as primeiras experiências com o material.
Todas as pranchas são produzidas manualmente por Fernando. São constituídas por cortiça, poliestireno e rede de fibra de vidro e são coladas com resina – ou seja, no fim do seu ciclo de vida podem ser totalmente recicladas. Todas as matérias-primas são produzidas em Portugal, à excepção da resina.
“A escolha dos materiais teve por base a sua posterior reciclagem”, afirma Fernando. E adianta: “Estou a preparar outros artigos que podem ter como base os materiais reciclados das pranchas e restos associados à sua produção.”
A prancha de bodyboard – que recebeu recentemente a Patente Provisória de Modelo de Utilidade – é apenas a primeira de muitas. Pode vê-la na página da Dodo Cork Boards no Facebook e encomendá-la através do email do projecto. Os preços variam entre os €150 e os €300, dependendo dos tamanhos e das características.