Prémio António Champalimaud atribuído a luta contra a cegueira e preconceitos
O Prémio António Champalimaud de Visão 2017 foi ontem atribuído em conjunto à Sightsavers e à CBM, duas organizações com um longo percurso no apoio à prevenção, tratamento e reabilitação da cegueira em países em vias de desenvolvimento como o Nepal, Moçambique, Uganda, Etiópia ou Bangladesh.
Em comunicado, a Fundação Champalimaud recorda que “existem 39 milhões de pessoas cegas no mundo e 80% dos casos podem ser prevenidos ou curados”, justificando o porquê da atribuição daquela que é a maior distinção do mundo na área da visão – com um valor de 1 milhão de euros – a estas duas instituições. “A Sightsavers e a CBM lutam há décadas contra a cegueira em dezenas de países em todo o mundo. Ambas são reconhecidas como pioneiras nesta área, tendo criado um modelo inovador de combate aos distúrbios de visão assente em 3 pilares: prevenção, cura e apoio. As organizações premiadas levam este modelo a muitas comunidades esquecidas em todo o mundo e trabalham com grupos locais na criação de programas de visão eficazes e sustentáveis”.
Mas além deste trabalho pioneiro na prevenção e cura da cegueira, tanto a Sightsavers, como a CBM esforçam-se para que as pessoas permanentemente incapacitadas pela cegueira possam ter um papel social activo e que sejam integradas na sociedade em que vivem, lutando contra preconceitos e estigmas da sociedade através de campanhas de sensibilização e promoção de oportunidades educacionais e de emprego. “O seu papel permite que muitas pessoas com deficiências severas passem a poder viver de forma produtiva e independente, dando o seu contributo para a sociedade de forma igual e digna”.
A cerimónia da 11ª edição do Prémio António Champalimaud de Visão foi presidida pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que homenageou a Presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, condecorando-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
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