Presidente de Cabo Verde espera que chuvas sejam suportáveis



Numa mensagem na sua página oficial do Facebook, o chefe de Estado cabo-verdiano referiu que muita chuva que cai desde a madrugada, sobretudo na capital do país, tem causado alguns estragos em habitações e em algumas infraestruturas sociais.

E lamentou a morte de uma bebé de cerca de um ano na zona de Pensamento, após inundações na casa onde vivia com a família.

Jorge Carlos Fonseca disse que falou com o presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, que lhe deu conta dos prejuízos, mas também das diligências em curso para minimizar os danos, prevenir situações de risco, socorrer pessoas em maiores dificuldades.

E disse que está igualmente em contactos com outros municípios, ficando a saber que em Santiago chove ainda em São Miguel, Santa Cruz e São Salvador do Mundo, nos Mosteiros (Fogo) e na Brava.

“Não há prejuízos muito relevantes a registar, felizmente. Na Ribeira Grande de Santiago e em São Domingos, também muita chuva, alguns estragos em vias de acesso, algumas habitações, mas nada de muita gravidade”, precisou o chefe de Estado.

“Prevê-se a continuação de chuvas durante este fim de semana, pelo menos. Bem-vindas e, como diz o povo, na midida ki nu podi cu el, na midida qui nu podi aguenta (na medida que podemos aguentar, na medida que podemos suportar), prosseguiu Fonseca, na mensagem em português e crioulo.

O chefe de Estado referiu ainda que mantém contactos com serviços de proteção civil e com o presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, que deu conta que choveu no último fim de semana e que espera-se por chuvas ainda hoje e domingo.

“Alguns estragos materiais, nomeadamente na Ribeira Grande (em Santo Antão)”, terminou Jorge Carlos Fonseca.

Desde madrugada que as chuvas fortes na ilha de Santiago, nomeadamente na Praia, provocaram inundações e a morte de um bebé.

O arquipélago de Cabo Verde está desde a última madrugada sob a influência de uma onda tropical que poderá transformar-se em depressão tropical, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG).

As previsões apontam que a onda tropical atinja o país até segunda-feira, estando associada a uma larga área de convecção produzindo aguaceiros e trovoada.

O instituto cabo-verdiano adiantou que o sistema está localizado junto à costa da Guiné-Bissau, desloca-se com uma velocidade de 30 km/h e tem cerca de 70% de probabilidade de se transformar em uma depressão tropical.

“Durante a sua passagem condicionará o estado do tempo nas ilhas”, referiu o INMG, que prevê ainda chuvas de intensidade variável e possibilidade de trovoadas, intensificação do vento e agravamento significativo do estado do mar.

Depois de três anos consecutivos de seca, com chuvas irregulares e insuficientes, desde meados de julho que a chuva voltou a cair com alguma frequência em algumas ilhas de Cabo Verde.





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