Primeiro arroz transgénico será lançado comercialmente até 2016
O primeiro arroz geneticamente modificado a ser disponibilizado comercialmente deverá ser aprovado, nas Filipinas, nos próximos dois a três anos, de acordo com fontes da Autoridade do Instituto de Pesquisa do Arroz (IRRI) e do Departamento de Agricultura daquele País.
Apesar de toda a oposição – local e global – contra o projecto, o vice-director-geral do IRRI, Achum Dobermann, garantiu que a parte mais difícil dos testes já foi terminada e que o chamado “arroz dourado” será uma realidade até 2016.
Até ao momento, não existe nenhum tipo de arroz geneticamente modificado a ser comercializado no mundo, garantiu Dobermann, ainda que outra equipa esteja a trabalhar num projecto idêntico, mas mais atrasado, na China.
Citado pela revista brasileira Exame, o responsável da IRRI disse que o processo de aprovação deverá levar, no mínimo, “entre dois e três anos”, estando as sementes disponíveis para serem distribuídas aos agricultores a partir de 2016.
Em Agosto, um ataque de activistas destruiu um campo de testes de arroz geneticamente modificado nas Filipinas, mas as autoridades do País garantiram que este era apenas um de vários campos plantados com este arroz imune a pragas. Os testes foram, assim, terminados calmamente.
O arroz dourado foi geneticamente modificado para produzir vitamina A, que falta nas dietas de muitas pessoas de países em desenvolvimento e provoca fragilidade do sistema imunológico e cegueira. Estes são os argumentos do IRRI.
Os activistas ambientais defendem que o arroz dourado tem efeitos colaterais nocivos, que se espalharão de forma irreversível por todo o mundo. Organizações como a Greenpeace já tinham conseguido uma decisão judicial favorável à suspensão de testes de campo com beringela geneticamente modificada.
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