Primeiro faraó chegou ao poder 500 anos depois do que se pensava



Arqueólogos britânicos descobriram que os faraós originais chegaram ao poder, no Antigo Egipto, 500 anos depois do que se pensava até agora. Utilizando modelos matemáticos, datação por radiocarbono e provas arqueológicas, os pesquisadores descobriram que o primeiro líder, Rei Aha, chegou ao trono entre 3111 a.C. e 3045 a.C., ou seja, quase cinco séculos depois do que era estimado.

Uma nova linha do tempo, estudada pela Universidade de Oxford para esta época, mostra que o Egipto se desenvolveu em apenas 600 anos. “Não há nenhum registo anterior à terceira dinastia, por isso temos de adivinhar exactamente quando ocorreu a primeira dinastia, que levou ao desenvolvimento da escrita e agricultura”, explicou Michael Dee, arqueólogo da universidade britânica.

Os faraós, que terão governado o Antigo Egpito durante mais de 3.000 anos, começaram com o Rei Aha – ou pelo menos pensa-se que terá sido assim.

O estudo, publicado no Proceedings of the Royal Society A, revelou ainda que o período pré-dinástico – quando os primeiros habitantes perto do rio Nilo começaram a construir lugares permanentes – terá ocorrido em 3700 a.C. e não 4000 a.C., como se julgava.

“As origens do Egipto começaram um milénio antes de as pirâmides serem construídas, e é por isso que o nosso conhecimento sobre como este poderoso estado se desenvolveu se baseia apenas em provas arqueológicas”, continuou Dee.

O novo estudo dá aos arqueólogos uma nova prova de datação por radiocarbono que põe de lado a cronologia da primeira dinastia de líderes do Antigo Egpito e sugere que o Egipto se formou mais rapidamente do que se pensava.

Até agora, os estudiosos apenas terão confiado em provas arqueológicas, utilizando os estilos evolutivos da cerâmica encontrados nos lugares funerários para montar o puzzle dos timings dos principais eventos cronológicos.

A datação por radiocarbono foi obtida através de cabelos, ossos e plantas recolhidas de escavações de vários lugares-chave, incluindo túmulos de reis e outros lugares fúnebres. Os arqueólogos dizem que a margem de erro é de 32 anos.

Foto: Sob licença Creative Commons





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