Produção de pauzinhos descartáveis está a matar as florestas da China



Os números são assustadores: a procura da China pelos pauzinhos descartáveis aumentou em quase 30 mil milhões nos últimos anos. Uma estimativa anterior da Administração Florestal chinesa, baseada em estatísticas de 2004 a 2009, tinha colocado a produção anual em 57 mil milhões de pauzinhos, mas não será bem assim.

De acordo com Bai Guangxin, presidente do Grupo de Indústria Florestal de Jilin, a China produz 80 mil milhões de pauzinhos descartáveis por ano. Ele estima que seriam necessárias 20 milhões de árvores com 20 anos de idade para cobrir a produção anual do país.

A antiga necessidade tornou-se numa ameaça às florestas do país e as consequências desta produção, como a desflorestação, têm suscitado acções de protesto por parte de alguns grupos ambientalistas. Em 2010, a Greenpeace East Asia, em parceria com o artista chinês Yinhai Xu, criou uma floresta feita de pauzinhos num espaço público para alertar a população do fenómeno.

Bai revelou que o governo chinês também começou a agir, introduzindo políticas que limitem o fabrico dos utensílios. As acções variam de um imposto de 5% cobrado em 2006 sobre os pauzinhos a um aviso em 2010 de potenciais regulamentos governamentais para as empresas que não conseguem controlar a sua produção.

A china pretende aumentar a sua cobertura florestal para 40 milhões de hectares antes de 2020, mas o aumento da produção destes objectos pode dificultar esse objectivo.

“Devemos mudar os nossos hábitos de consumo e incentivar as pessoas a transportar os seus próprios utensílios de mesa”, recomenda Bai.





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