Produtores de frutas satisfeitos por voltarem ao contacto presencial com clientes em Madrid
Mais de 30 empresas e associações de produtores de frutas, legumes e flores de Portugal estão até quinta-feira na Feira Internacional de Madrid, satisfeitos por poderem contactar novamente de forma presencial os seus clientes.
“Estamos extremamente satisfeitos e a celebrar o nosso regresso a esta feira de forma presencial”, disse o presidente executivo da Portugal Fresh, Gonçalo Santos Andrade, na abertura hoje, em Madrid, da feira Fruit Attraction.
A associação que promove as frutas, legumes e flores de Portugal trouxe este ano à capital espanhola 20 empresas, oito parceiros e sete associações de um subsetor que está em expansão.
“Todas as empresas presentes têm a perspetiva de crescer”, assegurou Gonçalo Santos Andrade, acrescentando que este subsetor agrícola pode chegar ao fim do ano com exportações que podem chegar aos 1.700 milhões de euros, depois de terem alcançado os 1.683 milhões de euros em 2020.
O dirigente da Portugal Fresh vai mais longe e assegura que, “se houver uma estratégia forte de aposta no regadio”, o subsetor irá conseguir responder ao incremento internacional da procura e crescer a produção dos atuais 3.000 milhões para 4.000 milhões de euros daqui a 10 anos.
Presente na inauguração da feira, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, também se congratulou pelo aumento da qualidade das frutas, legumes e flores produzidas em Portugal, o que leva às boas perspetivas de aumento da produção e das exportações nos próximos anos.
Eurico Brilhante Dias definiu como objetivo que o subsetor consiga alcançar os 2.000 milhões de euros em exportações até 2027 (em 2020 exportou 1.683 milhões de euros).
Para que isso seja possível, a secretaria de Estado da Internacionalização está a trabalhar na divulgação de produtos como a pera rocha e a laranja do Algarve em vários mercados, nomeadamente da Ásia, que têm perspetivas de crescer muito nos próximos anos.
“É muito importante virmos a esta feira para voltarmos a estar com os clientes e conhecer novos clientes”, disse à agência Lusa Sebastião Lorena, da empresa Nogam, que produz nozes e amêndoas.
Para este responsável, é “fundamental” o contacto presencial com os clientes, depois de em 2020 a Fruit Attraction não se ter realizado devido às restrições impostas pela luta contra a pandemia de covid-19.
Presente pela primeira vez no certame, Sara Domingues, da Mó de Cima (produção de figos), está “otimista” com os resultados da feira, que já permitiram fazer “alguns contactos promissores”.
Para Sara Domingues, a feira é um lugar privilegiado para contactar potenciais novos clientes e resolve o problema de a empresa ter pouco tempo de vida e não ter ainda meios para fazer a promoção dos seus produtos à distância.