Produzir hidrogénio verde através de microalgas pode reduzir os GEE em 36%



Numa época em que se pretende combater as alterações climáticas e planear um futuro mais verde, a procura por combustíveis renováveis é cada vez maior. As microalgas têm vindo a revelar-se uma alternativa bastante eficaz na produção de hidrogénio verde, através da sua biomassa. “No entanto, as tecnologias de gaseificação atuais são limitadas devido ao acumulo de carvão e alcatrão no gaseificador”, explicam num novo estudo.

A equipa da IITB-Monash Research Academy experimentou a produção de hidrogénio através da gaseificação por volatilização de flash reativo sem alcatrão (RFV – Reactive Flash Volatilization Gasification) das microalgas, o que resultou numa diminuição de 36% dos gases de efeito de estufa (GEE) – em comparação à reformação de metano a vapor. A investigação indicou ainda que, o período de retorno do investimento inicial para a produção de hidrogénio foi de 3,78 anos, com 22% de taxa interna de retorno.

“As microalgas são atraentes como matéria-prima devido à sua alta eficiência de fixação de dióxido de carbono, à taxa de crescimento, eficiência fotossintética, capacidade de crescer em água salobra, como rios e lagos”, explica Akshat Tanksale, um dos autores da investigação. No entanto, acrescenta, “96% do hidrogénio e do metano são produzidos através de recursos não renováveis”, pelo que é essencial que as energias renováveis (hidroeletricidade) sejam adicionadas ao processo. Segundo a equipa, essa adição pode levar a uma redução de até 87% das emissões de dióxido de carbono.





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