Projecto de reabilitação de habitats de peixes migradores no Rio Mondego ganha prémio internacional
O projecto Reabilitação dos Habitats de Peixes Diádromos na Bacia Hidrográfica do Mondego, da Universidade de Évora com o apoio técnico-científico do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, ganhou o Distinguished Project in Fisheries Engineering and Ecohydrology, atribuído em conjunto pela American Society of Civil Engineers e pela American Fisheries Society.
A conservação dos peixes diádromos não é fácil, uma vez que estes utilizam ecossistemas distintos ao longo do seu ciclo de vida, migrando entre o rio e o mar. Como a gestão do mar e dos rios é feita por entidades governamentais diferentes, foi necessário estabelecer um trabalho de colaboração em rede para concretizar de forma integrada todo o projeto.
O principal objetivo desta intervenção foi a compatibilização entre a conservação dos peixes diádromos e os restantes usos do rio, nomeadamente a produção hidroelétrica, abastecimento de água (para utilização industrial, agrícola e doméstica), controlo de cheias, pesca profissional e atividades recreativas (e.g., praias fluviais, pesca desportiva, canoagem).
Desenvolvido entre 2013 e 2015, o projeto foi orçamentado em 1.38M€ financiados pelo Ministério da Agricultura e do Mar e Fundo Europeu das Pescas, através do PROMAR – Programa Operacional Pesca 2007-2013, e pela EDP-Energias de Portugal, S.A. A Universidade de Évora foi a entidade proponente e contou com o apoio técnico-científico do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, bem como de 11 parceiros institucionais, designadamente a Agência Portuguesa do Ambiente (APA, I.P.), o Fluviário de Mora (FM), a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Energias de Portugal (EDP), a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), o Instituto Português da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Confraria da Lampreia, e os Municípios de Penacova, Vila Nova de Poiares e Coimbra.
Foto: P.R. Almeida