Projecto Reabilitar a Custo Zero vence concurso FAZ, dedicado às ideias portuguesas. Conheça-o aqui.



O projecto Reabilitar a Custo Zero, desenvolvido pelo arquitecto José Paixão, pelo engenheiro Civil Diogo Coutinho e pela futura arquitecta Angélica Carvalho venceu o concurso FAZ – Ideias de Origem Portuguesa.

O prémio, avaliado em 50 mil euros, foi lançado há meses pela Fundação Gulbenkian e Fundação Talento e deverá ser já posto em prática em Outubro. O projecto Reabilitar a Custo Zero foi desenvolvido a pensar nos prédios degradados da cidade do Porto e tem por base a criação de uma organização sem fins lucrativos para reabilitar as cidades, a custo zero, através da ajuda de estudantes de Engenharia e de Arquitectura. Não só portugueses mas de toda a Europa.

O Reabilitar a Custo Zero tem uma lógica parecida com os programas de mobilidade estudantil, como o Erasmus, e já recebeu propostas de privados. “Uma empresa de construção civil mostrou-se interessada em apoiar-nos”, explicou José Paixão ao Público.

Assim, a ideia consiste em criar uma organização sem fins lucrativos que ofereça a possibilidade, a senhorios de prédios degradados, de reabilitarem o seu imobiliário a custo zero. Para tal, os proprietários oferecem alojamento e alimentação a estudantes estrangeiros de arquitectura e engenharia que se voluntariam para conceber e concretizar a requalificação.

Os materiais e equipamentos necessários à realização das requalificações seriam doados, como caridade, à organização sem fins lucrativos, de modo a serem deduzíveis dos impostos a pagar pelas empresas fornecedoras. Para além das contrapartidas financeiras, as empresas teriam também o seu nome associado a um projecto honroso e potencialmente de elevada exposição pública.

Por último, a supervisão técnica das obras resultaria de uma parceria com a universidade. Os projectos de requalificação seriam casos de estudo em cursos de reabilitação de edifícios e assim sujeitos ao acompanhamento técnico por parte de professores e alunos especialistas.

De acordo com José Paixão, também a Câmara Municipal do Porto está interessada. “Estamos a formalizar agora uma parceria e, se tudo correr bem, em Outubro arrancamos já com um projecto-piloto. Um edifício na Ribeira do Porto”, revelou o responsável. “Estamos mesmo dedicados ao projecto, estamos a fazer os contactos não só com empresas e instituições como com as universidades lá fora. Acreditamos que para o projecto se tornar universal tem que ser bem-sucedido no Porto”.

O júri do prémio destacou que este era o projecto “que melhor cumpre os desígnio desta iniciativa, com base nos critérios de originalidade, inovação, potencial de impacto social e sustentabilidade”.

Conheça as ideias finalistas do concurso.

E recorde esta acção da Dyrup, em conjunto com Agatha Ruiz de la Prada, em Guimarães.





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