Projeto de parque verde em Lisboa no recinto da JMJ já foi adjudicado
O projeto para um parque verde nos terrenos do concelho de Lisboa que acolheram a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já foi adjudicado e deverá ser entregue até dezembro, revelou hoje o presidente do município, Carlos Moedas.
“Já adjudiquei o projeto, são os arquitetos desta zona da Parque Expo [junto ao rio Tejo], tenho até dezembro a entrega do projeto. Pedi para ser um projeto simples, que tenha verde, iluminação, sombras e zona de desporto”, explicou o autarca.
Carlos Moedas falava aos jornalistas no final da apresentação da próxima edição do Rock in Rio Lisboa, em junho de 2024, que transita do Parque da Bela Vista para os terrenos de Lisboa do Parque Tejo Trancão, agora designado Parque Tejo Lisboa.
O festival de música e entretenimento vai acontecer nesse futuro parque verde, com vista para o Tejo, equivalente a 34 campos de futebol, que acolheu a Jornada Mundial da Juventude e onde foi instalado o altar-palco das cerimónias religiosas.
Nos terrenos do concelho de Loures que também acolheram JMJ, está igualmente projetado um parque verde em 2024, num investimento de 3,5 milhões de euros.
Sobre o parque verde em Lisboa, Carlos Moedas não adiantou qual o orçamento estimado, dizendo que “o custo não é relevante” e que será “relativamente barato”, porque não implica construção de imobiliário.
“São 34 hectares que serão uma nova cidade verde para aqui. Não tem casas nem casinhas, é mais um pulmão na cidade”, disse.
Carlos Moedas sublinhou ainda que o Parque Tejo Lisboa “não é para eventos constantes; terá alguns eventos”, como o Rock in Rio Lisboa 2024, mas não é ainda certo que o festival tenha mais do que uma edição naquele novo espaço.
O Parque da Bela Vista, que desde 2004 acolheu o Rock in Rio Lisboa e nos dois últimos anos também foi o palco do festival Kalorama, ficará sem eventos pelo menos até junho de 2024 para pousio e reabilitação das zonas verdes.
“Até à data do Rock in Rio [junho de 2024] precisamos que esteja em pousio. Depois veremos o que pode acontecer. A Bela Vista continuará a ser um sítio para eventos e grandes espetáculos”, esclareceu Carlos Moedas, sem adiantar o que pode acontecer ao Kalorama.
Apesar da mudança de local, o autarca explicou ainda que o protocolo com a organização do Rock in Rio é o mesmo.
“A câmara municipal participa com as isenções de taxas, com o que está no protocolo. Nada muda. O que custava na Bela Vista é o que custa aqui para o contribuinte, que são isenções históricas”, disse, sem explicitar valores.
Sobre o plano de acessibilidades para o festival no Parque Tejo Lisboa, Carlos Moedas disse que terá ainda de ser trabalhado, nomeadamente nas ligações do recinto com a estação ferroviária e rodoviária do Oriente, mas “haverá espaço para tudo o que seja necessário”.
A planta do recinto do festival Rock in Rio 2024, hoje apresentada, revela várias áreas de entretenimento, como a colocação de uma roda gigante, e cinco palcos, e um dos quais o “Palco All”, aproveitando as estruturas do ‘altar-palco’ da JMJ.
Carlos Moedas chamou-lhe “o palco do futuro”: “Vamos ter sobretudo discussões sobre o futuro, discussões através de pessoas que hoje vêm para a cultura e para sustentabilidade e para discutir o legado do papa Francisco, que isto tem de ser para todos (…) All in Rio, All in Lisboa”.